Resorts devem atingir patamares pré-pandemia no início de 2022
Devido ao cenário positivo do mercado, a recuperação dos resorts pode se intensificar no final de 2020.

Até outubro, todos os resorts já terão retomado as operações, ainda que com capacidade reduzida. No entanto, apesar da previsão de todos os resorts estarem operando em outubro, a oferta disponível em número de UHs será de 65%. Em dezembro, a expectativa é de 17% dos apartamentos ainda estarem fechados, com a oferta sendo normalizada apenas em 2021.

FATURAMENTO DE EVENTOS E LAZER

Em razão da pandemia, cerca de 33% dos eventos foram cancelados e 67% adiados. “Esses eventos contratados tendem a voltar de uma forma mais rápida, fazendo com que o mercado regional tenha uma perspectiva de recuperação mais imediata assim que o cenário sanitário seja mais positivo. A expectativa é de que os eventos sejam intensificados no segundo e terceiro trimestres do próximo ano”, disse Pedro Cypriano, da HotelInvest.
Para 2021 já é esperada uma retomada, mas não o suficiente para chegar novamente aos patamares de 2019, de acordo com o estudo. Ao final de 2021, os resorts preveem que as receitas de eventos ainda serão, em média, 23% abaixo do realizado em 2019. A normalização completa das atividades de eventos nos resorts deve se estender por 2022, ao menos para a média das propriedades analisadas.

Enquanto para o setor de eventos espera-se uma queda de faturamento na ordem de 61% em 2020, para lazer esse valor é 17 pontos percentuais menor (44% de queda). Em 2021, apesar de a receita projetada não atingir os valores de 2019, a diferença é apenas 10% inferior, contra 23% para o faturamento de eventos.
DIÁRIA MÉDIA E REVPAR

Em comparação ao mês que precedeu o início da pandemia, a recuperação total de RevPAR deve levar aproximadamente dois anos, até o início de 2022. Para isso, a descoberta da vacina ainda em 2020 e a imunização total da população até o primeiro semestre de 2021 são fundamentais.
HORIZONTE FAVORÁVEL
Passado o período crítico, os anos de 2022 e 2023 devem ser positivos para os resorts no Brasil em razão, principalmente, da valorização do dólar, do maior controle das viagens internacionais e da agenda de reformas em médio prazo. No entanto, o estudo indica que também é preciso ter cautela. Para a efetivação das reservas em pernoites, é fundamental a contenção da pandemia até o primeiro semestre de 2021 e uma clara perspectiva de queda dos novos casos e óbitos ainda em 2020. Enquanto isso, contenção de custos e atenção ao caixa ao menos até o primeiro semestre de 2021 são cruciais.O estudo completo será disponibilizado ao mercado na próxima sexta-feira.
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