Beatrice Teizen   |   13/03/2023 13:51

HotéisRio e ABIH-RJ se manifestam contrários à exigência do visto

Para o presidente, Alfredo Lopes, decisão do Governo Federal é um retrocesso

Divulgação
Alfredo Lopes, do HotéisRio e ABIH-RJ
Alfredo Lopes, do HotéisRio e ABIH-RJ
HotéisRio e ABIH-RJ também se manifestam contrários à decisão da volta da exigência dos vistos para cidadãos dos EUA, Canadá, Japão e Austrália.

O presidente do Sindicato dos Meios de Hospedagem do Município do Rio de Janeiro e conselheiro da ABIH-RJ, Alfredo Lopes, considera a decisão do Governo Federal um retrocesso e manifestou seu profundo descontentamento com a notícia da determinação do presidente Lula ao Itamaraty. Confira a seguir.

“Durante mais de três décadas, o trade turístico brasileiro buscou a flexibilização do visto para o norte-americano, além de outros destinos emissores, em razão da relevância dos EUA como emissor de turistas e fonte de receita para o País. Por muito tempo, porém, a falta de infraestrutura da representação brasileira nos EUA, os altos valores cobrados pelo visto e até mesmo as denúncias de desvios jogaram contra nossos objetivos.

A conquista do fim da exigência de visto, em 2019, apresentou resposta rápida. Dados da Polícia Federal mostram que houve incremento de 21,39% na entrada de turistas provenientes dos Estados Unidos no segundo semestre de 2019, em relação ao mesmo período 2018, embora em 2020 o cenário internacional tenha sido drasticamente afetado pela pandemia. Ainda na retomada, segundo o Ministério do Turismo, em 2021, o país chegou ao posto de principal emissor de turistas para o Brasil (132,2 mil) – historicamente, ocupava o segundo lugar, atrás da Argentina.

Com a atração de turistas estrangeiros bem abaixo de outras importantes metrópoles mundiais, lembrando que o Brasil há décadas não ultrapassa a barreira dos seis milhões de visitantes estrangeiros por ano, considero o retorno da exigência do visto uma visão unilateral desalinhada com a atual demanda do turismo nacional e fluminense. Esperamos que a nova gestão federal busque caminhos para ampliar investimentos em promoção e captação, que neutralize um histórico desastroso de relacionamento com estes mercados com enorme potencial de resposta. Mais do que nunca, voltar atrás na questão dos vistos é um retrocesso.”

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