MOVE: como as empresas podem se preparar para gestão de riscos em viagens?
Tema foi trazido por Alexandre Camargo durante o MOVE, que acontece hoje (17) na capital paulista

O que é a gestão de riscos nas viagens corporativas? A pergunta abriu o painel do country manager da Assist Card no Brasil, Alexandre Camargo, no MOVE, evento realizado hoje (17) pela PANROTAS no hotel InterContinental São Paulo.
A resposta para essa pergunta, segundo Camargo, é simples: a gestão de riscos é o planejamento de ação e reação, caso algum imprevisto aconteça. Mas saber colocar isso em prática não é tão simples e muitas empresas acabam deixando em segundo plano.
O executivo trouxe dois exemplos: um de prevenção de riscos e outro de reação, mostrando a importância de se antecipar aos problemas que podem acontecer. Veja, abaixo, cada um deles:
Prevenção de riscos
Camargo relatou uma experiência pessoal que viveu em 2015, quando viajou com o filho de 12 anos para Nova York (EUA). A preocupação era preparar o filho para caso acontecesse algo com o pai durante a viagem e o menino precisasse voltar sozinho para o Brasil.
Diante disso, todo um planejamento foi feito: o filho embarcou com o telefone do Consulado Brasileiro e da Embaixada Brasileira em Washington, levou um cartão de crédito para emergências (inclusive com limite suficiente para comprar uma passagem aérea de volta para o Brasil, caso fosse necessário), telefone de amigos que pudessem ajudar no caso de alguma emergência, entre outras ações de prevenção.
Deu tudo certo na viagem, mas Alexandre destacou a importância de ter um plano de prevenção de riscos com esse.
Gestão de riscos
Neste case, Ana Maria (personagem fictícia), gestora de uma construtora, procurou Alexandre para contratar um seguro que protegesse seus funcionários que viajaram para a América Central. A princípio, em 2021, época de pandemia e lockdown, ela contratou a proteção máxima com cobertura de US$ 1 milhão.
Em 2022, renovou o acordo, mas com uma cobertura de US$ 250 mil, que passou depois a US$ 150 mil, pois a percepção de risco dessa gestora foi diminuindo. Em 2024, a construtora resolveu reduzir custos e decidiu cancelar o acordo com a Assist Card porque tinha um seguro oferecido pelo cartão de crédito.
Meses depois, um dos funcionários da empresa precisou ficar internado e a cobertura oferecida pelo cartão de crédito não cobria uma série de custos e necessidades médicas dele. A cobertura da Assist Card foi solicitada novamente pela gestora, considerando que só assim seria possível lidar com todos os procedimentos médicos no Exterior.
“Isso mostra que as empresas precisam ter, em sua política de duty of care, tudo mapeado e planejado para se antecipar aos riscos e, também, ter protocolos de resposta adequados aos riscos que podem aparecer”
Alexandre Camargo, country manager da Assist Card no Brasil