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Artur Luiz Andrade   |   04/06/2019 16:03   |   Atualizada em 12/06/2019 11:40

EUA perdem share em viagens internacionais; US Travel reage

As chegadas internacionais subiram 7% e os Estados Unidos perderam um ponto percentual de share mundial em 6 anos: foram de 12,7% das chegadas no mundo para 11,7%.


Renato Machado
Roger Dow, da US Travel Association
Roger Dow, da US Travel Association

ANAHEIM – A boa notícia para a indústria de Viagens e Turismo Americana foi o crescimento de 3,5% na chegada de turistas estrangeiros no ano passado, totalizando 79,5 milhões de visitantes. A má notícia é que no mundo as chegadas internacionais subiram 7% e os Estados Unidos perderam um ponto percentual de share mundial em seis anos: foram de 12,7% das chegadas no mundo para 11,7% no ano passado. “Isso significa menos dinheiro em nossa economia, menos empregos, menos investimentos…”, disse o presidente da US Travel Association, Roger Dow, durante encontro com a imprensa na 51ª edição do IPW, em Anaheim, na Califórnia.

Artur Luiz Andrade
Elliott Ferguson, novo chairman da US Travel Association
Elliott Ferguson, novo chairman da US Travel Association
De acordo com Dow, o principal fator para que os visitantes não considerem viajar aos Estados Unidos é o dólar alto, o custo da viagem. Mas na sequência vem questões como o crime e a segurança, além das dificuldades de se obter visto e as longas filas na imigração. O novo chairman da US Travel Association, Elliott Ferguson, de Destination DC, disse que presenciou longas filas na imigração no Aeroporto JFK, de Nova York, há duas semanas, e realmente isso é empecilho para um processo de viagens amigável. A US Travel vai focar para trabalhar com o governo para melhorar esses trâmites e também fortalecer o IPW como vitrine para os produtos americanos.

Este ano, o evento recebe seis mil delegados, e as mais de 110 mil reuniões irão gerar negócios de US$ 5,5 bilhões para os Estados Unidos nos próximos três anos. Mais de 70 países estão representado e cerca de 500 jornalistas foram credenciados.

Roger Dow disse que continuará o trabalho com o governo federal para que a segurança seja prioridade, mas não iniba o Turismo. “Queremos ser o destino mais seguro e mais visitado do mundo”. O estimulo ao maior uso de identificação biométrica nos aeroportos também é uma das metas da entidade junto ao governo. “ Os Estados Unidos já lideram esse movimento e queremos encorajar que os aeroportos Americanos adotem a biometria”.

VISA WAIVER E PRE-CLEARENCE

A US Travel Association também trabalha que mais países sejam aceitos nos programas de Visa Waiver e Pre-Clearence. Brasil, Argentina, Israel, Costa Rica e Polônia estão na lista e Dow acredita que deverão ser aceitos em breve. No programa Visa Waiver, que a US Travel quer rebatizar de Secure Travel Partnership, os visitantes a lazer não precisam de visto, apenas de um cadastro eletrônico.

No caso do Pre-Clearence, as autoridades americanas montam toda a estrutura de Imigração nos aeroportos de origem, evitando filas na chegada ao destino e também casos de deportação após a viagem. Aeroportos do Canadá, Aruba, Bahamas, Irlanda e Emirados Árabes já possuem esse processo.
“Se o Brasil entrar no programa de isenção de vistos, temos certeza que do dia para a noite mais 1,5 milhão de brasileiros visitarão os Estados Unidos”, resumiu Roger Dow.

Os próximos IPW ocorrerão em Las Vegas (2020), Chicago (2021), Orlando (2022), San Antonio (2023) e Los Angeles (2024).

O Portal PANROTAS viaja a convite do IPW 2019 e da United Airlines, com protecao GTA

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