Filip Calixto   |   06/05/2020 18:39

Turismo interno deve liderar retomada do setor no Brasil

Abav Nacional debateu os caminhos para a retomada do setor em live realizada hoje (6)

Emerson Souza
Eduardo Sanovicz, presidente da Abear
Eduardo Sanovicz, presidente da Abear
Os destinos domésticos devem liderar a retomada da indústria do Turismo no pós-crise. A avaliação foi uma unanimidade na live realizada hoje (6) pela Abav Nacional, em seu canal no Youtube. O bate-papo trouxe a visão do presidente de Fohb, Orlando de Souza, do diretor da Abreu, Ronnie Corrêa, do presidente da Braztoa, Roberto Nedelciu, do presidente da Abracorp, Carlos Prado, do diretor Comercial e de Canais da Gol, Renzo de Mello, do presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, e de uma das executivas da Abav Nacional, Rita Vasconcelos. A mediação foi da presidente da associação, Magda Nassar.

Emerson Souza
Ronnie Corrêa, da Abreu Turismo
Ronnie Corrêa, da Abreu Turismo
Respondendo perguntas de agentes de viagens, os executivos opinaram que os voos internos devem reaquecer o setor a partir dos próximos meses. Um dos que mais falou sobre o tema, Ronnie Corrêa acredita que o a modificação trazida pela crise deve ser no tipo de produto oferecido. "A procura deve começar por destinos de praia e ecoturismo, quem sabe pacotes evitando áreas com muita gente e hotéis grandes", afirma. "Algumas proximidades também devem aparecer bem. América do Sul pode ser uma boa opção e tem promoções muito agressivas para destinos internacionais", acrescenta o diretor da Abreu.

O ponto de vista é compartilhado pelo presidente da Braztoa, que lembra do trabalho interno que a Embratur deve realizar em 2020. "Toda verba de promoção do Embratur este ano será dedicada ao mercado nacional, isso nos indica que teremos mais atenção a isso", diz.

Eduardo Sanovicz, presidente da Abear, também comentou o tema salientando que há viajantes que trocarão seus passeios internacionais por voos domésticos. "Há um público brasileiro (de dois a três milhões de viajantes) que viaja com frequência para fora e que vai começar a comprar dentro do Brasil, pelo menos num primeiro momento. E quem tem esse público é o agente de viagem, já que esse turista não tem o costume de comprar apenas o bilhete e sim os pacotes", informa.

Sanovicz acrescenta que, atualmente, cerca de 8% (180 voos) da malha brasileira voa diariamente. O porcentual representa quantidade de aeronaves suficientes para não desamparar regiões que precisam do transporte. "No final de maio esse índice deve ir para 10%, com mais de 200 diários".

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