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Fabíola Bemfeito   |   24/03/2022 08:02

Codorníu investe em área gastronômica e enoturismo

O Cava Codorníu, antiga produtora de vinhos da Espanha, aposta em restaurante, eventos e Turismo de vinhos

Guilherme Alcorta
O Cava Codorníu, antiga produtora de vinhos da Espanha, aposta em restaurante, eventos e Turismo de vinhos
O Cava Codorníu, antiga produtora de vinhos da Espanha, aposta em restaurante, eventos e Turismo de vinhos
Há quem diga que, para serem completos, a alguns destinos só falta a praia. Não é o caso de Barcelona, já que a cidade conta com praias, inclusive urbanas, da melhor qualidade. Ah, então deveria ter vinícolas – com bons vinhos a vida é melhor. Pois então, a Barcelona não falta nada, já que há diversas vinícolas nos arredores, a cerca de 40 minutos da cidade.

Uma delas já é conhecida dos brasileiros, especialmente daqueles que gostam de espumantes com ótima relação custo-benefício. A Cava Codorníu é a mais antiga produtora de vinhos da Espanha ainda em atividade. A especialidade são as cavas, espumantes de alta qualidade produzidos nessa região da Espanha. Assim como champanhes são produzidos em Champagne na França, proseccos na região do Vêneto na Itália, as cavas são os espumantes da Espanha – com tipos de uvas específicos.

Além de experimentar ou comprar espumantes de qualidade, que especialistas dizem se assemelhar muito ao champanhe original (com preço de cava, porém...), há várias possibilidades de passeios e atividades em Codorníu. Lá está a casa da família que, junto com muito verde e pequenos lagos, remetem a antigas fazendas espanholas. A propriedade, localizada em Sant Sadurní d'Anoia, e suas vinícolas foram declaradas Monumento Histórico-Artístico em 1976, como uma obra referência do modernismo catalão.

GÁS E BORBULHAS
São 150 anos de história, completados em 2022, e 18 gerações de uma família de vinicultores. Foi em 1872 que Josep Raventós produziu ali na Codorníu sua primeira garrafa de cava. Mas vinhos já eram produzidos pela família muito antes, desde o século 16. A diferença entre vinhos tradicionais e espumantes é que estes últimos passam por duas fermentações.

O gás das borbulhas, natural, só vem na segunda. As cavas descansam por um período mínimo de nove meses. E o tempo de repouso determina o seu perfil. Quanto maior o tempo, maior a qualidade.

Em Codorníu, pode-se aprender coisas assim ao passar um ótimo dia ou tarde com direito a visita ao museu local e a conhecer métodos de produção. Um divertido passeio de trem elétrico, feito em meio a galerias subterrâneas no quarto subsolo do empreendimento, agrada crianças e famílias de um modo geral. A circulação é feita por túneis antigos onde, outrora, eram produzidos os vinhos. Hoje, o local, além de armazenar algumas garrafas que ainda serão usadas, serve mais à curiosidade e ao entretenimento.

CASAMENTOS
Claro que, em todos os tipos de passeio, está incluída degustação dos produtos produzidos pela vinícola. No Tour Icônico, por exemplo, fazem parte as cavas Gran Reserva, produzidas em número limitado de garrafas, o que garante a exclusividade dos rótulos. Como os da linha ARS Collecta. Pode-se conhecer métodos antigos, com prensas e barris de madeira. Ou observar os métodos de produção mais modernos.

Também há opção de fazer eventos no local – desde uma comemoração em família até casamentos. Há ainda reuniões corporativas que acontecem em seus ambientes com algum tipo de interação com os métodos e a produção. Ou mesmo viagens de incentivo. Boa parte dos eventos esteve parada durante a pandemia, mas agora, como tudo nesse segmento, está acontecendo a retomada.

DEGUSTAÇÃO E GASTRONOMIA
Recentemente o passeio até a Codorníu ficou ainda mais atraente. O local ganhou um restaurante, o Els Jardins de Codorníu, com direito a ambiente interno e externo discretos e de ótimo gosto. Nele, todo o cardápio é feito pensando nos espumantes da casa, o que é ótimo para os apreciadores da boa gastronomia.

Nem é necessário muito esforço para saborear as delícias, pode-se escolher primeiro os vinhos ou os pratos e combinar a partir das sugestões dos atendentes especialistas. Também não é preciso fazer uma refeição para usufruir do restaurante. Pelo menos saboreie uma taça de cava em sua parte externa. Vai valer à pena. A experiência no restaurante também pode ser combinada com um dos tours, com passeio que una a visita a uma refeição com cardápio a escolher. Há até tour de tributo ao cinema, isto é, que soma vinhos a um filme na sala de audiovisual da vinícola. E até sessões de ioga. Descubra...

LOJINHA NO FINAL
Um tour padrão em Codorníu custa em média 20 euros, enquanto o almoço no restaurante, com entradinhas, prato principal e sobremesa sai em torno de 29 ou 36 euros a depender do cardápio. Por pessoa.

Outra experiência local que não poderia faltar é a tradicional loja de produtos. Há cavas (espumantes) e vinhos os mais diversos. Isso porque a Codorníu faz parte do grupo 15 Bodegas que, além dos cavas de sua linha, produz vários tipos de vinho.

Entre os rótulos irmãos da Codorníu, passíveis de serem encontrados na loja, estão Bodegas Bilbaínas, Raimat, Legaris, Cellers Scala Dei e Parxet.

Outra diversão são os produtos licenciados, que podem ir de lápis a bolsas, passando por toalhas, cadernos, porta-copos, almofadas, camisetas, ímãs de geladeira, leques, posters, saca-rolhas etc. Tudo feito com a bela identidade visual da Codorníu. E ainda tem a delícia de voltar para casa com ótimos vinhos e, principalmente, cavas na bagagem.

Confira essa e outras reportagens sobre Barcelona a seguir, na revista PANROTAS 1.512:



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