Reino Unido perde mais de 2,2 bilhões de libras com turismo internacional

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O Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) anunciou que o Reino Unido perdeu mais de 2,2 bilhões de libras devido à queda acentuada nos gastos de visitantes internacionais no ano passado, em comparação com 2019. Isso ocorre enquanto o governo do Reino Unido continua acumulando impostos, burocracia e cortando o orçamento da Visit Britain, seu braço de marketing, segundo o WTTC.

De acordo com a Pesquisa de Impacto Econômico (EIR) de 2025 do WTTC:

• O setor contribuiu com 286 bilhões de libras para a economia do Reino Unido no ano passado, 3,9% acima de 2019, representando 10% do PIB total do Reino Unido;
• Os empregos em Viagens e Turismo sustentaram 4,2 milhões de meios de subsistência no ano passado, mas ainda abaixo dos níveis de 2019;
• Apesar disso, os gastos de visitantes internacionais permanecem 5,3% abaixo dos níveis pré-pandemia, em 40,3 bilhões de libras, representando uma perda de 2,2 bilhões de libras para a economia, quase equivalente aos 2,3 bilhões de libras anunciados pelo governo para recrutar 6,5 mil novos professores na Inglaterra, e mais do que os 2,1 bilhões de libras para melhorar as escolas em todo o Reino Unido.

ETA, aumento de impostos e corte de orçamentos prejudicam o país

O órgão global de Turismo afirma que o Reino Unido já é um dos destinos mais caros da Europa e a Autorização eletrônica de Viagem (ETA) recentemente anunciada, a falta de compras isentas de IVA, o aumento dos impostos sobre as empresas, o aumento do Imposto sobre Passageiros Aéreos e agora os cortes de mais de 40% no orçamento da Visit Britain prejudicarão o crescimento em 2025.

Esses cortes significam que é ainda menos provável que as regiões fora de Londres recebam o apoio de que precisam para atrair mais turistas, aumentando a desigualdade regional. O WTTC afirma que estas não são pressões globais. São escolhas políticas deliberadas e estão custando caro à economia do Reino Unido.

Embora o recente endosso do governo ao primeiro parque temático Universal da Europa no Reino Unido e os planos de expansão dos aeroportos de Heathrow, Gatwick e Luton sinalizem ambições mais amplas, o WTTC adverte que esses projetos só trarão benefícios reais daqui a anos e somente se as barreiras às viagens forem levantadas. O WTTC insta o primeiro-ministro Starmer a reconhecer o valor de crescimento do Turismo.

Divulgação/IAG

"Outros países europeus enxergam o valor econômico de Viagens e Turismo, mas no Reino Unido isso é dado como certo. Agora, o governo está ativamente prejudicando o crescimento. Visitantes estrangeiros valiosos agora enfrentam ETAs desnecessários, um imposto sobre passageiros aéreos exclusivo do Reino Unido e nenhuma compra isenta de impostos. E agora o governo cortou o orçamento da Visit Britain"

Presidente e CEO do WTTC, Julia Simpson

"O governo está arriscando a estagnação e o declínio a longo prazo de Viagens e Turismo, sem ação e investimento direcionados. Globalmente, os viajantes estão gastando mais do que nunca, enquanto outros países estão se beneficiando. A perda de apoio regional é particularmente preocupante. Sem marketing e investimento dedicados, as regiões fora de Londres terão ainda mais dificuldades para atrair turistas internacionais, apesar de seu enorme potencial inexplorado", complementa Julia.

Reino Unido corre o risco de ficar para trás, segundo WTTC

Segundo o WTTC, à medida que o Turismo global aumenta, o Reino Unido está minando o próprio crescimento. Os dados mais recentes expõem uma lacuna crescente entre o que o setor de Viagens e Turismo do Reino Unido poderia oferecer e o que ele está sendo capacitado a oferecer. Sem uma correção urgente de curso, o WTTC adverte que o Reino Unido corre o risco de ficar ainda mais para trás.

O WTTC apela ao Governo do Reino Unido para que:

• Reverta os cortes na Visit Britain;
• Restabeleça as compras isentas de impostos para visitantes internacionais;
• Repense os impostos punitivos sobre viagens;
• Invista em manter o Reino Unido globalmente competitivo

"O mundo está viajando novamente e gastando mais do que nunca. Se o Reino Unido quer uma fatia do bolo, deve parar de sabotar seu próprio sucesso. O Reino Unido tem a marca, o apelo e a infraestrutura. O que lhe falta é vontade política para permitir que Viagens e Turismo prosperem", destaca o órgão global em comunicado.