Isenção de visto para brasileiros visitarem a China já está em vigor
Medida permite entrada no país asiático por até 30 dias sem necessidade de visto até maio de 2026

Entrou em vigor, nesse domingo (1), a isenção de vistos para cidadãos brasileiros que viajam à China por até 30 dias. A medida vale para visitas a Turismo, negócios, trânsito e atividades não remuneradas, e representa um novo capítulo nas relações diplomáticas e comerciais entre os dois países.
Anunciada em maio, a política de isenção de visto coloca os países sul-americanos (Argentina, BrasilChile, Peru e Uruguai) em condição semelhante à de várias nações europeias e asiáticas que já contam com facilidades semelhantes para entrada na China. A medida é válida até 30 de maio de 2026.
A isenção é válida exclusivamente para brasileiros com passaporte comum, que não excedam os 30 dias de permanência e não desenvolvam atividades remuneradas durante a estada. Para períodos mais longos ou finalidades específicas (como estudo ou trabalho), o visto segue sendo exigido.
A Embaixada da China no Brasil recomenda que os viajantes estejam com passaporte válido por pelo menos seis meses e passagem de retorno ou para um terceiro destino.
A novidade deve facilitar especialmente o trânsito de executivos e profissionais do setor corporativo, já que a China é um dos principais parceiros comerciais do Brasil. De acordo com Luiz Moura, diretor de Negócios da agência de viagens corporativas VOLL e conselheiro de Turismo da FecomercioSP, a isenção reduz barreiras burocráticas e permite decisões de viagem com menos antecedência.
“O mercado chinês é muito rico, volumoso e de alto poder de consumo para o Brasil, que é um país exportador de commodities. Com a flexibilização da documentação migratória, a antecipação de reservas tende a diminuir e os negócios a se intensificar”
Luiz Moura, diretor de Negócios da agência de viagens corporativas VOLL e conselheiro de Turismo da FecomercioSP
Segundo dados da Voll, a antecedência média de compra de voos Brasil-China caiu de 34 dias em 2024 para 32 dias nos primeiros quatro meses de 2025. No mesmo período, o ticket médio das passagens foi 37% mais barato do que em 2024. Já agosto do ano passado concentrou o maior volume de viagens entre os dois países.