Pedro Menezes   |   02/07/2025 12:22
Atualizada em 02/07/2025 16:06

México proíbe shows com golfinhos e uso de mamíferos marinhos no entretenimento

Segundo World Animal Protection, medida coloca o país entre os mais avançados da América Latina

Divulgação
Com a nova legislação, os animais já mantidos em cativeiro não serão soltos, mas deverão viver sob padrões rigorosos de bem-estar até o fim natural de suas vidas
Com a nova legislação, os animais já mantidos em cativeiro não serão soltos, mas deverão viver sob padrões rigorosos de bem-estar até o fim natural de suas vidas

O Congresso do México aprovou, com apoio unânime do Senado e da Câmara dos Deputados, uma legislação que proíbe a utilização de golfinhos e outros mamíferos marinhos em atividades de entretenimento, incluindo shows, terapias, pesquisas e reprodução em cativeiro.

De acordo com a World Animal Protection, a nova lei representa um marco histórico para o bem-estar animal no país e segue a crescente pressão de ativistas, cientistas e da opinião pública.

Com a nova legislação, os animais já mantidos em cativeiro não serão soltos, mas deverão viver sob padrões rigorosos de bem-estar até o fim natural de suas vidas. As autoridades mexicanas terão a responsabilidade de garantir que esses animais sejam cuidados em ambientes que atendam às suas necessidades físicas e comportamentais.

A proibição é uma resposta direta à extensa documentação de maus-tratos a golfinhos em cativeiro. A investigação The Suffering Behind the Smile revelou dados alarmantes sobre a realidade desses animais no México: mais de 300 golfinhos foram explorados em instalações mexicanas nas últimas décadas. A maioria nasceu em cativeiro, confinada a tanques artificiais e submetida a treinamntos forçados;

“Este é um enorme avanço para os animais e um marco histórico que outros países devem seguir. Documentamos por anos o sofrimento dos golfinhos em cativeiro, no México, na Espanha e ao redor do mundo"

Eugenia Mora, estrategista da World Animal Protection

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