Passaporte brasileiro segue entre os mais poderosos do mundo em 2025
Com 170 pontos, Brasil está na 16ª colocação geral, duas posições acima em relação ao último ranking

A Henley & Partners divulgou a segunda edição do ranking global dos passaportes mais poderosos do mundo de 2025. No Henley Passport Index 2025, produzido pela empresa global de consultoria em cidadania e residência, o passaporte brasileiro segue entre os 20 mais poderosos do mundo.
Com 170 pontos, o Brasil está na 16ª colocação do ranking, duas posições acima em relação a primeira edição do ranking de 2025, empatado Argentina e San Marino. Em outras palavras, com essa pontuação, os brasileiros podem visitar 170 destinos, de um total de 227, sem a necessidade do visto.
Mesmo com um ponto a menos, o Brasil subiu duas posições e colou na Argentina, com os mesmos 170 pontos, em segundo lugar com os passaportes mais poderoso da América Latina. Isto porque, o Chile, com 176 pontos, vem logo a frente, na 14ª colocação do ranking. Argentina, Brasil e Chile são os únicos países da América do Sul no Top 20.
O ranking é baseado em dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) e a classificação é feita de acordo com o número de destinos que titulares podem acessar sem visto prévio. Ao todo, o índice inclui 199 passaportes e 227 destinos, com informações confiáveis sobre o acesso global e a mobilidade.
Passaportes mais poderosos do mundo
Passaporte | Visa-free score |
1. Singapura | 193 pontos |
2. Japão Coreia do Sul | 190 pontos |
3. Dinamarca Finlândia França Alemanha Itália Espanha | 189 pontos |
4. Áustria Bélgica Luxemburgo Holanda Noruega Portugal Suécia | 188 pontos |
5. Grécia Nova Zelândia Suíça | 187 pontos |
14. Chile | 176 pontos |
15. Andorra | 171 pontos |
16. Brasil Argentina San Marino | 170 pontos |
Singapura lidera ranking do passaporte mais poderoso do mundo
Neste caso, Singapura manteve o título de passaporte mais poderoso do mundo, com acesso sem visto a 193 destinos dos 227 existentes globalmente. Os países asiáticos continuam liderando a corrida da mobilidade global, com Japão e Coreia do Sul dividindo a segunda colocação, ambos com acesso a 190 destinos sem visto.
Logo depois, um forte contingente europeu ocupa o restante do Top 5. Sete passaportes da União Europeia compartilham a terceira colocação — Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Irlanda, Itália e Espanha — todos com acesso a 189 destinos. Outros sete países europeus — Áustria, Bélgica, Luxemburgo, Países Baixos, Noruega, Portugal e Suécia — estão empatados na quarta posição, com acesso a 188 destinos.
Maiores avanços e quedas

O Reino Unido e os Estados Unidos caíram uma posição no ranking global desde janeiro, dando continuidade a uma tendência de queda de longo prazo. Já foram os passaportes mais poderosos do mundo — o Reino Unido em 2015 e os EUA em 2014 — agora ocupam, respectivamente, a 6ª e a 10ª colocação.
A Índia teve o maior salto nos últimos seis meses, subindo oito posições, da 85ª para a 77ª, mesmo adicionando apenas dois destinos ao seu total (agora com acesso sem visto a 59 destinos). Já a Arábia Saudita obteve o maior ganho em número de destinos, com quatro novas liberações desde janeiro, totalizando 91 e subindo quatro posições para o 54º lugar.
Emirados Árabes Unidos e China lideram a mudança no poder dos passaportes
Uma análise de longo prazo do índice revela uma tendência global de maior abertura, mobilidade crescente e fortalecimento dos passaportes. Nos últimos 10 anos, mais de 80 passaportes subiram pelo menos 10 posições no ranking, e a média global de destinos acessíveis sem visto quase dobrou — de 58 em 2006 para 109 em 2025.
Os Emirados Árabes Unidos se destacam como o país com maior ascensão, subindo 34 posições em uma década, do 42º para o 8º lugar, sendo o único grande ganhador a entrar no Top 10. Outro destaque é a China, que também subiu 34 posições, indo da 94ª para a 60ª posição desde 2015 — algo particularmente impressionante, considerando que ainda não conquistou acesso sem visto ao Espaço Schengen europeu.
A ascensão chinesa foi impulsionada pela maior abertura de seu regime de vistos. Segundo o Henley Openness Index — que classifica 199 países com base no número de nacionalidades que podem entrar sem visto —, a China concedeu isenção de visto a mais de uma dúzia de novos países desde janeiro, elevando seu índice de abertura para 75 nações. Cinco anos atrás, esse número era inferior a 20.