Renato Machado   |   22/10/2018 15:35

Brasil integra rota turística da colonização jesuítica

O Corredor das Missões Jesuíticas (CMJ) liga destinos colonizados no Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia

Flickr/Mathieu Struck
Ruínas da redução jesuítica de São Miguel Arcanjo
Ruínas da redução jesuítica de São Miguel Arcanjo
O projeto do Corredor das Missões Jesuíticas (CMJ), uma rota que liga destinos relacionados ao processo de colonização praticado no século 17, ganhou o aval do Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bid) para sua realização.

O CMJ é uma iniciativa de promoção de destinos espalhados por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia. São 19 ícones da história da colonização jesuítica na região, reconhecidos pela Unesco como patrimônios mundiais da Humanidade, além de sete áreas naturais protegidas.

Com US$ 500 mil aportados para a elaboração do planejamento de ações de apoio, o Bid considerou a rota integrada uma das mais amplas do mundo, “equiparável ao peso histórico e cultural da Rota da Seda, da Ferrovia Transiberiana e da Rota 66 norte-americana”, afirmou o MTur em nota.

A parceria, explica o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, “é um modelo de integração de projetos públicos e privados, viabilizando ações de alto impacto inclusivo e gerando novos negócios, produtos e serviços turísticos na região”.

A iniciativa tem investimento total avaliado em US$ 100 milhões, com projetos de infraestrutura turística a serem financiados pelas nações participantes via Programa Global de Crédito do Bid. No País, a expectativa é pela construção da Ponte Internacional Porto Xavier-San Javier, no Rio Grande do Sul, ligando Brasil e Argentina.

“A internacionalização no Turismo traz novos modelos de gestão e inovação, forte fator de indução do desenvolvimento”, complementa Lummertz, que aposta no corredor parar o nascimento de um novo ecossistema econômico nas regiões brasileiras envolvidas com o projeto.

O roteiro do CMJ liga pontos da região Sul do Brasil e de países vizinhos que fizeram parte da história da Companhia de Jesus, que tinha como objetivo doutrinar e catequizar a população indígena local.

No Brasil, a rota inclui a Aldeia Guarani, o Museu das Missões, a Cruz Missioneira, a Fazenda da Laje, a Fonte Missioneira, o Ponto de Memória Missioneira e o Pórtico com escrita em guarani “co yvy iguereco yara” (que significa “esta terra tem dono”. A Catedral Angelopolitana de Santo Ângelo e os Sítios Arqueológicos de São João Batista, São Lourenço e São Nicolau estão na lista de outros atrativos do circuito.

Tópicos relacionados