Da Redação   |   22/10/2019 15:04

Ministro diz que se sente injustiçado por denúncias

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, disse hoje (22) no Senado que se sente injustiçado por ter sido denunciado pelo Ministério Público Eleitoral de MG.

DA AGÊNCIA BRASIL
O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, disse hoje (22) no Senado que se sente “injustiçado” por ter sido denunciado pelo Ministério Público Eleitoral de Minas Gerais por crimes envolvendo candidaturas-laranja do PSL no Estado em 2018, quando estava à frente do diretório estadual do partido.

“Não há nenhuma comprovação que eu tivesse envolvimento ou sequer ciência do que estava ocorrendo no partido, onde, segundo a autoridade policial, há indícios de algumas irregularidades”, afirmou.

Roberto Castro/MTur
Marcelo Álvaro Antônio, do PSL-MG
Marcelo Álvaro Antônio, do PSL-MG
E acrescentou: “Me sinto injustiçado nesse indiciamento, mas continuo confiando no trabalho da Polícia Federal, do Ministério Público. Continuando confiando na Justiça que vai ser o melhor âmbito para provar minha total inocência nesse caso”.

O ministro deu a declaração na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor na condição de convocado, depois de faltar a uma primeira audiência para a qual havia sido convidado.

No início do mês, o Ministério Público Eleitoral de Minas Gerais denunciou Marcelo Álvaro Antônio e mais dez pessoas. Segundo a denúncia, foram cometidos os crimes de falsidade ideológica, de apropriação indébita eleitoral e de associação criminosa.

Marcelo Álvaro Antônio negou a existência de candidaturas-laranja do PSL em Minas Gerais em 2018. Segundo ele, os candidatos e as candidatas fizeram de fato campanhas políticas. “Realmente, o PSL em Minas Gerais não teve essa prática de candidaturas-laranja”.

INVESTIGAÇÃO

A suspeita é de que, nas eleições de 2018, o diretório do PSL em Minas Gerais inscreveu para disputar o pleito mulheres cujas candidaturas seriam uma forma de a legenda receber verbas públicas por meio do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), o fundo partidário. Parte deste dinheiro teria sido então desviado para empresas de pessoas ligadas ao diretório estadual do PSL.

Segundo a apuração do Ministério Público, o PSL inscreveu candidatas sem a intenção de que elas fossem, de fato, eleitas. Resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabelece que os partidos políticos destinem no mínimo 30% do total de recursos do Fundo Partidário para o financiamento de campanhas de suas candidatas em campanhas eleitorais.

Sobre a detenção do seu assessor especial no ministério, Mateus Von Rondon Martins, e de outros dois ex-assessores, Roberto Soares e Haissander Souza de Paula, que foram assessores do gabinete do ministro quando este foi deputado federal, entre 2015 e 2019, Marcelo Álvaro Antônio disse que o embasamento dos pedidos das prisões foi para que os três não combinassem depoimentos.

Quer receber notícias como essa, além das mais lidas da semana e a Revista PANROTAS gratuitamente?
Entre em nosso grupo de WhatsApp.

Tópicos relacionados

Avatar padrão PANROTAS Quadrado azul com silhueta de pessoa em branco ao centro, para uso como imagem de perfil temporária.

Conteúdos por

Da Redação

Da Redação tem 11203 conteúdos publicados no Portal PANROTAS. Confira!

Sobre o autor

Colaboração para o Portal PANROTAS