Filip Calixto   |   20/02/2020 14:56   |   Atualizada em 20/02/2020 15:11

CNC: confiança do comércio chega a maior patamar desde 2012

Pesquisa da CNC mostra que a confiança do empresário brasileiro chegou ao maior patamar desde 2012.

Divulgação
José Roberto Tadros, presidente da CNC
José Roberto Tadros, presidente da CNC
Pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) indica que a confiança do empresário do comércio medida em fevereiro de 2020 atingiu o melhor nível em sete anos. O relatório que mede o índice de confiança do empresário do comércio apontou a sexta alta consecutiva, chegando a 128,3 pontos, alta de 1,7% em relação a janeiro (com ajuste sazonal) e de 2,7% no comparativo com fevereiro de 2019.

O item que mensura a satisfação do empresário quanto às condições correntes foi um dos destaques da pesquisa: com 113,2 pontos, obteve as maiores taxas de crescimento, tanto na comparação mensal (+2,9%) quanto na anual (+11,5%). Após seis resultados consecutivos abaixo da zona de satisfação (menos de 100 pontos), o índice chegou ao terceiro mês acima dos três dígitos e atingiu o maior patamar desde fevereiro de 2012.

Segundo aponta a CNC, um dos indicadores que puxaram o item para cima foi o subíndice referente às condições atuais da economia, que, com 107,6 pontos, chegou ao maior nível desde janeiro de 2012 – após crescimento mensal de 1,8%. O estudo mostrou que, para a maioria dos empresários (61,9%), a situação atual da economia está melhor do que há um ano.

Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a recuperação gradual da economia, com inflação controlada em níveis baixos, melhora nos indicadores de emprego e mercado de crédito mais favorável ajudam a entender esses dados. "A percepção otimista dos empresários do comércio quanto ao nível atual de atividade econômica pode ser explicada por resultados recentes dos indicadores de atividade, como o crescimento do PIB em 2019", afirma Tadros, ressaltando que o maior potencial de consumo das famílias também precisa ser considerado dentro do atual quadro econômico do País.

A confiança do empresário também pode ser identificada pelas intenções de investimento, conforme aponta a economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira. De acordo com ela 54,6% do total de entrevistados indicaram estar dispostos a ampliar os investimentos nas empresas. Esse é o maior percentual desde maio de 2014.

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