Da Redação   |   15/06/2020 15:50
Atualizada em 15/06/2020 15:57

Empresários solicitam crédito para enfrentar efeitos da pandemia

Mais de 9% dos entrevistados não gostam de solicitar empréstimos e cerca de 7,9% reclamam da burocracia

DA AGÊNCIA BRASIL

Segundo pesquisa do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises, da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, do Estado do Rio de Janeiro, os efeitos da pandemia do novo coronavírus nos setores de comércio e serviços podem levar empresários à busca por empréstimos em instituições financeiras ainda neste mês.
Flickr/Maitre Yoda
Mais de 32% dos entrevistados estão relutantes em pedir empréstimos, pois não têm certeza se vão sobreviver à crise
Mais de 32% dos entrevistados estão relutantes em pedir empréstimos, pois não têm certeza se vão sobreviver à crise
O levantamento mostrou que 38,7% dos empresários querem recorrer a algum tipo de crédito, ou seja, 4 entre 10 têm intenção de tomar recursos emprestados. Ao todo foram ouvidos 470 empresários no estado para avaliação dos impactos do isolamento social no setor.

O levantamento revelou que 32,3% dos entrevistados consideram que "não faz sentido" tomar dinheiro emprestado, já que não têm certeza se vão sobreviver à crise. Pelo menos 14% disseram que precisam de crédito, mas estão inadimplentes, e 10,4% precisam, mas acham que as taxas de juros são muito altas.

Cerca de 9,1% dos empresários afirmaram que necessitam dos créditos, mas que não gostam de tomar dinheiro emprestado e 7,9% veem excesso de burocracia para a tomada de empréstimo. De todos os pesquisados, 19,5% informaram não precisar de crédito, uma vez que suas empresas estão saudáveis.

Para o diretor do instituto, João Gomes, a demora do governo federal em disponibilizar linhas de crédito acessíveis para as micro e pequenas empresas acabou por inflar o número de empresas que precisam de recursos, mas não o tomam por medo de não conseguirem sobreviver.

“Se houvesse linhas de crédito mais baratas, o risco de tomar crédito e depois não conseguir pagá-lo seria menor e, portanto, seria também menor o número de empresários que hoje não tomam recursos com medo de não sobreviver”, ressaltou o diretor do instituto.

Na visão da Fecomércio, há expectativa de que o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) do governo federal já esteja em operação nas próximas semanas, por bancos comerciais.

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