Artur Luiz Andrade   |   21/08/2020 10:21   |   Atualizada em 21/08/2020 10:27

Despegar tem receita de R$ 269 milhões no 2T20, queda de 96%

Queda foi de 96% mas CEO da OTA vê sinais positivos de vendas de junho a agosto

O CEO da Despegar, Damian Scokin
O CEO da Despegar, Damian Scokin

Além dos investimentos captados no valor de US$ 200 milhões (cerca de R$ 1,1 bilhão), a Despegar (Decolar no Brasil) publicou hoje seu balanço do segundo trimestre de 2020, ainda não auditados. A receita de reservas foi de US$ 48,9 milhões (cerca de R$ 269 milhões), uma queda de 96% sobre o mesmo período em 2019. O resultado foi negativo em US$ 9,7 milhões, causados em parte pelo impacto dos cancelamentos devido à covid-19; Sem esses cancelamentos, o resultado seria de US$ 4,2 milhões.

O número de room nights caiu 91% e o de transações 92%. O EBITDA ajustado foi negativo em US$ 65,8 milhões. Os custos estruturais da companhia caíram 32%, totalizando US$ 33,1 milhões, com meta de US$ 28 milhões para o trimestre seguinte. O fluxo de caixa fechou em US$ 20 milhões, US$ 10,5 milhões a mais que o trimestre anterior. A empresa reportou caixa de US$ 224 milhões e acesso a crédito no valor de US$ 40 milhões.

A Despegar anunciou que espera finalizar a compra da mexicana Best Day neste semestre.

APORTE E AQUISIÇÃO NO BRASIL
No comunicado, a OTA também destacou o aporte de US$ 200 milhões conseguido junto à L Catterton e à Waha Capital, e ainda a compra de 84% da empresa brasileira Koin, de pagamento on-line. A Koin já administrava os pagamentos em boleto parcelado da Decolar desde o começo de 2019. A compra foi por R$ 20 milhões.

O CEO da Despegar, Damian Scokin, destacou que o último trimestre foi impactado não apenas pela queda natural da demanda, mas também pelas restrições de países da região, algumas bastante severas, segundo ele. “Vimos uma tendência positiva nas reservas em junho e julho, que continuou nas primeiras duas semanas de agosto”, informou.

O líder da Despegar também detalhou a redução de custos em 32%, o que permitirá uma empresa mais enxuta para as próximas fases da retomada.

“Enquanto o cenário futuro se mantém incerto, tomamos as ações apropriadas para mitigar os efeitos da pandemia e proteger nosso negócio, construindo a base para sermos ainda mais fortes e competitivos quando as viagens voltarem”, continuou.

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