Vinicius Novaes   |   30/09/2020 10:53

Endividamento registra primeira queda desde maio, aponta CNC

Segundo CNC, essa queda está ancorada no avanço econômico do País

Após três altas consecutivas, o número de brasileiros com dívidas em cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal e prestação de carro e de casa caiu em setembro (-0,3 ponto percentual, com relação a agosto) . O índice, que havia alcançado o maior percentual da série histórica no mês passado, chegou a 67,2%.

Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). No comparativo anual, contudo, o indicador registrou aumento de 2,1 pontos percentuais.

De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a primeira queda no endividamento das famílias desde maio está ancorada no avanço econômico do País. “Indicadores recentes têm mostrado que a recuperação gradual da economia para os próximos dois trimestres está mais robusta do que as estimativas indicavam”, diz Tadros.

CNC/Christina Bocayuva
José Roberto Tadros, presidente da CNC
José Roberto Tadros, presidente da CNC
Com relação à renda, houve uma mudança nas trajetórias do endividamento. Entre as famílias que recebem até dez salários mínimos, o percentual caiu pela primeira vez desde maio, chegando a 69% do total – após ter alcançado o recorde de 69,5%, em agosto. Entre as famílias com renda acima de dez salários, esta mesma proporção teve o primeiro aumento desde abril, subindo a 59%.

QUEDA DA INADIMPLÊNCIA
O total de famílias com dívidas ou contas em atraso também apresentou a primeira redução mensal desde maio, caindo de 26,7%, em agosto, para 26,5%, em setembro. Em comparação com o mesmo mês do ano passado, a proporção cresceu 2 pontos percentuais.

A parcela das famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes se manteve praticamente estável, passando de 12%,1, no mês passado, para 12%, em setembro. No mesmo período de 2019, o indicador havia alcançado 9,6%.

A parcela média da renda comprometida com dívidas entre as famílias endividadas caiu para 29,9% da renda mensal. É o terceiro mês de queda apresentado pelo indicador desde janeiro de 2020, o que favorece a capacidade de pagamento.

Com relação aos tipos de dívida, o cartão de crédito segue sendo, em setembro, a principal modalidade de endividamento para 79% das famílias. Na sequência, aparecem os carnês (16,7%) e o financiamento de veículos (10,3%).

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