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Beatriz Contelli   |   23/09/2021 14:00

CNC e Eurochambres apoiam ratificação do acordo de livre comércio

A expectativa é que a ação traga resultados expressivos entre o Mercosul e a União Europeia

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A expectativa é que a ação traga resultados expressivos para as economias envolvidas
A expectativa é que a ação traga resultados expressivos para as economias envolvidas
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e a Associação das Câmaras de Comércio e Indústria Europeias – Eurochambres assinaram ontem (22) um documento conjunto em apoio à ratificação do Acordo de Livre-Comércio entre Mercosul e União Europeia, firmado em 2019.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, conduziu a solenidade, enquanto presidente Pro Tempore do Conselho de Câmaras de Comércio do Mercosul (CCCM), que contou com a participação dos membros efetivos Uruguai, Paraguai, Argentina, e dos membros associados, Bolívia e Chile. Pelo lado europeu, assinou o documento o presidente da Câmara Europeia de Comércio, Christoph Leitl. O objetivo foi promover o restabelecimento dos laços entre a América Latina e a Europa.

Ambas as câmaras manifestaram expressamente seu apoio para que o Acordo de Livre-Comércio entre Mercosul e União Europeia entre em vigor com a maior brevidade possível. A expectativa é que a ação traga resultados expressivos para as economias envolvidas, com aumento exponencial na produtividade total dos fatores de produção, bem como ganho na relação do comércio bilateral entre os dois blocos, tendo em vista que o acordo, considerado o mais importante da história do livre comércio, envolve 27 países da União Europeia e quatro do Mercosul, que juntos somam 25% da economia mundial.

“Estamos expressando publicamente nosso apoio à assinatura do Acordo entre os dois blocos com a crença no aumento significativo do fluxo comercial, consolidando a participação de empresas sul-americanas e europeias nos respectivos mercados e acelerando o processo de transferência de tecnologia. Ao mesmo tempo que estabelecerá o vínculo estratégico, político, cultural e econômico permanente entre os dois blocos, o que facilitará o acesso a bens, serviços e investimentos por meio da redução e eliminação de restrições”, declarou Tadros.

As negociações entre os blocos levaram mais de 20 anos para serem concluídas e resultaram em um acordo comercial equilibrado, que tem o potencial de turbinar as relações econômicas entre os dois centros de crescimento mais importantes do mundo. “Uma vez em vigor, o acordo comercial UE-Mercosul não só eliminará as principais barreiras de acesso ao mercado para nossas empresas, especialmente as pequenas e médias empresas, mas também aumentará a competitividade em cada mercado nos próximos anos”, avaliou Tadros.

Sobre a assinatura da declaração conjunta, o presidente da Eurochambres, Christoph Leitl, disse que o Mercosul, com seus 250 milhões de consumidores, é um mercado historicamente importante para os negócios e um aliado estratégico da Europa. “Portanto, devemos nos envolver com nossos parceiros agora, e a melhor maneira de fazer isso é por meio do acordo comercial UE-Mercosul.”

Também participaram da solenidade virtual o vice-presidente da CNC, Luiz Carlos Bohn, que é presidente da Fecomércio-RS, e o coordenador Câmara de Comércio Exterior da Confederação, Rubens Medrano, vice-presidente da Fecomercio-SP.

LIVRE COMÉRCIO
Em 28 de junho de 2019, a União Europeia e os países que compõem o Mercosul anunciaram a conquista de um acordo de livre comércio após v20 anos de negociações. A intenção era, a partir da integração econômica, aumentar as chances de competição com outros blocos e/ou países com grande poder econômico, como Estados Unidos e China.

A Espanha é um dos países europeus, juntamente com a Alemanha, que mais promoveu esse acordo, que teve as reservas da França, Bélgica, Irlanda e Polônia. Contudo, a França declinou de assinar o acordo alcançado nas condições atuais. Com esse impasse, as entidades ligadas ao comércio nos países que compõem ambos os blocos têm reafirmado a importância para o setor produtivo da efetividade do acordo.

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