Artur Luiz Andrade   |   24/01/2022 11:54
Atualizada em 24/01/2022 12:12

Organização Mundial da Saúde recomenda fim de restrições para viagens

Para organização, restrições não barram transmissão do vírus e prejudicam economia

Unsplash/Jesse Paul
A Organização Mundial da Saúde (OMS em português, e WHO em inglês), em reunião do Comitê Emergencial de Regulações Internacionais de Saúde, na semana passada, fez alterações nas recomendações para viagens internacionais e eventos.

A recomendação oficial para os países é retirar completamente ou afrouxar as medidas de proibição às viagens internacionais, pois, segundo a OMS, “elas não adicionam valor (no combate à pandemia) e ainda contribuem para o estresse econômico e social dos países”.

O fracasso das restrições de viagens introduzidas para detectar e reportar casos da ômicron, de forma a impedir que a variante se espalhasse internacionalmente, demonstra, ainda de acordo com a OMS, a ineficácia dessas medidas com o tempo.

As medidas nas viagens, como uso de máscara, testagem, isolamento/quarentena e vacinação devem, na recomendação da Organização Mundial da Saúde, ser tomadas baseados em análises de risco, evitando colocar na conta dos viajantes internacionais todo esse peso sobre a economia.

A OMS recomenda que países, empresas e viajantes continuem vigilantes e com as medidas e protocolos de saúde necessários (do uso de máscara às medidas de distanciamento e testagem), que os países continuem incentivando a vacinação (e que reconheçam todas as vacinas aprovadas pela organização), que tenham medidas em aeroportos para monitorar os casos e que continuem reportando e acompanhando os sintomas e casos positivos.

A organização também pede que a vacinação não seja o ÚNICO requisito de entrada, recomendando que a testagem e quarentena, por exemplo, possam ser usados nos casos dos viajantes não terem tido acesso a vacina, especialmente em países pobres ou por problemas de saúde.

Leia aqui as recomendações completas da OMS para as viagens internacionais.

Leia também o trecho da recomendação atualizada abaixo, em inglês.
Divulgação/Viracopos
Para os eventos de massa, a OMS também recomenda uma estratégia de avaliação, mitigação e comunicação dos riscos. É preciso analisar os vários fatores e a tolerância para o risco nos eventos, juntamente com o contexto epidemiológico, e somar as medidas cabíveis, como vacinação obrigatória, capacidade de testagem, rastreamento e contatos dos participantes.

Leia aqui a análise da OMS para os eventos.

O Comitê da OMS também reiterou a importância de acesso às vacinas pelos países e populações mais vulnerável e a conscientização de que a pandemia não acabou e ainda traz sérios riscos à saúde e à economia global.

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é editor-chefe da PANROTAS, jornalista formado pela UFRJ e especializado em Turismo há mais de 30 anos.