Artur Luiz Andrade   |   30/12/2022 11:56
Atualizada em 30/12/2022 12:09

Trade do Rio já articula encontro com nova ministra do Turismo

Daniela Carneiro assume na próxima segunda-feira, 2 de janeiro, o MTur


Divulgação
Marcelo Conde, presidente da Associação Rio Vamos Vencer
Marcelo Conde, presidente da Associação Rio Vamos Vencer
Após o anúncio da escolha de Daniela do Waguinho (Daniela Carneiro) para assumir o Ministério do Turismo, as principais entidades do setor, no Rio de Janeiro, planejam um encontro com a política. O objetivo, segundo comunicado do grupo, é apresentar o dossiê elaborado pelo trade e que engloba as principais demandas do Turismo no Brasil e, também, apresentar os gargalos no Estado do Rio.

Para Marcelo Conde, presidente da Associação Rio Vamos Vencer, que reúne líderes de entidades do Turismo Fluminense e empresários do setor, é importante uma gestão que envolva a União, os estados e municípios e a mobilização da iniciativa privada.

“O Turismo é uma indústria complexa e importante para nossa economia, e a iniciativa privada conhece de perto os gargalos, assim como os investimentos necessários para o avanço sustentável do setor. Precisamos de um Ministério com dotação orçamentária e com uma equipe profissional, que posicione o Brasil em um nível compatível com outros países de destaque e que olhe também para o Rio de Janeiro, a vitrine internacional do nosso País”, enfatizou Marcelo Conde.

AEROPORTOS DO RIO

Conde destaca que demandas como o reequilíbrio operacional entre os aeroportos RIOgaleão e Santos Dumont são pautas que impactam todo o País.

“É preciso intervenção imediata do governo de forma a ajustar a oferta de voos nos dois aeroportos, assim como o equilíbrio tarifário. O Rio de Janeiro é um destino essencial para aumentarmos a conexão internacional do Brasil e para proporcionarmos a ampliação da distribuição e criação de voos internos, o que beneficia todo o País”, enfatizou.

A presidente da Abeoc Nacional, Fatima Facuri, relembra o alcance socioeconômico do Turismo, que não se limita apenas às viagens de lazer.

“Precisamos eleger o turismo como estratégia de desenvolvimento e trabalhar na criação de políticas púbicas que contribuam com um ambiente de negócios desburocratizado, inovador, colaborativo e com segurança jurídica”, ressaltou Fatima Facuri.

PANROTAS / Emerson Souza
Alexandre Sampaio
Alexandre Sampaio
Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) e diretor da Confederação Nacional do Comércio (CNC), destaca a força da indústria como geradora de empregos e renda.

“O Turismo hoje é uma força consolidada na economia brasileira, com mais de R$ 670 bilhões em PIB (7,7% do PIB brasileiro) e a sustentação de 7,5 milhões de empregos diretos e indiretos. No entanto, ainda se desenvolve em um nível muito aquém de seu potencial”, destacou Alexandre Sampaio.

JOGOS NO BRASIL

Marcelo Conde acrescenta que o setor está com uma expectativa positiva na priorização do Turismo pelo presidente Lula e pelo vice-presidente Alckmin, e destaca que a atividade é muito rápida na geração de empregos. O dirigente reforça ainda que existem projetos importantes em tramitação, como o Projeto de Lei 442/1991, que legaliza os jogos no Brasil, e pede que a nova ministra do Turismo olhe para este pleito com visão estratégica.

“O texto permite a instalação de cassinos em resorts como parte de complexo integrado de lazer ou em embarcações construídas especificamente para esse fim e contará com uma alíquota fixa de 17% sobre a operação das apostas, e fixa em 20% a incidência de Imposto de Renda sobre prêmios a partir de 10 mil reais. A geração de empregos e de renda, a partir da aprovação desta atividade, é imensurável”, finalizou.

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