Filip Calixto   |   01/06/2023 08:43
Atualizada em 01/06/2023 10:57

Encontrar novas fontes de recurso é missão imediata da Embratur

Para o presidente Marcelo Freixo, não existe cabimento ter uma agência de promoção sem orçamento próprio


PANROTAS / Filip Calixto
Marcelo Freixo, presidente da Embratur
Marcelo Freixo, presidente da Embratur
FOZ DO IGUAÇU (PR) -
À frente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) desde o início da gestão Lula, Marcelo Freixo assegura que seu principal desafio do momento é encontrar maneiras de obter recursos para promover o Turismo do Brasil e, consequentemente, aumentar o fluxo internacional por aqui. Durante sua participação no Festival das Cataratas, em Foz do Iguaçu, o presidente da agência comentou o veto presidencial do repasse que viria do Sesc e Senac e afirmou que a saída será encontrar novos meios de custear os projetos que foram e serão idealizados.

"Tem de haver uma empresa de promoção turística que seja compatível com o retorno que o Turismo pode dar. Não tem cabimento ter uma empresa com tamanha responsabilidade e sem orçamento", pontuou o gestor, fazendo uma pequena recapitulação da situação da agência.

"Era uma autarquia. Deixou de ser e assim passou a ser uma empresa de serviço social autônomo em modelo de agência. Mas não foi criada uma fonte de recurso. Como então promover? Queremos divulgar nossos destinos para o mundo todo e para isso precisamos de recurso. Não é para a Embratur, é para o Estado brasileiro, para a sociedade brasileira", sustentou.

Freixo se mostrou resignado com o acordo estabelecido com as lideranças do Sesc e Senac e também com o veto presidencial, mas deixou claro que novas soluções precisam ser criadas. "Um dia vou sair da Embratur e esse governo vai deixar de ser governo. Por isso precisamos de uma política de Estado que, independentemente de quem esteja lá, possa ter investimento a fazer, gerando retorno para o Turismo", diz.

O presidente não deixou claro que caminho pretende percorrer para arranjar recursos, mas lembrou que existe uma possibilidade do Fundo da Aviação ser transformado em investimento para garantir mais voos para o Brasil, o que já seria uma colaboração importante.

ACORDO COM SESC E SENAC
Vale lembrar que esta semana, depois de um acordo entre as partes, o presidente Lula vetou aos artigos 11 e 12, que previam uso de 5% da contribuição destinada para o Sesc e o Senac para a Embratur.

O CNC, que atuou nas conversas para solucionar o caso, informou que o acordo consiste em um convênio de R$ 400 milhões em quatro anos, para a promoção do Brasil no Exterior, beneficiando a Embratur.

Tópicos relacionados