Da Redação   |   01/08/2023 12:18

Confiança dos empresários do comércio cresce 1,2% em julho

Perspectiva de queda da taxa de juros em agosto influenciou expectativas da classe empresarial


Unsplash/Cytonn Photography
Ao se contrapor ao mesmo período do ano passado, ICE recuou 11,9%
Ao se contrapor ao mesmo período do ano passado, ICE recuou 11,9%

Após sete meses em trajetória negativa, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICE) voltou a apresentar alta (1,2%) em julho, na comparação com o mês anterior. Ao se contrapor ao mesmo período do ano passado, o indicador recuou 11,9%.

Os outros dois indicadores analisados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) — um referente à intenção de expandir os negócios e outro, à situação dos estoques — apresentaram, respectivamente, variações positiva de 1,9% e negativa de 1,3%, na base comparativa entre julho e junho.

De acordo com a entidade, a perspectiva de queda da taxa de juros em agosto pode ter influenciado as expectativas da classe empresarial. Apesar disso, o ambiente macroeconômico ainda é desfavorável, principalmente quanto ao custo financeiro dos negócios. Como resultado, ainda há baixa confiança entre os empresários diante de um quadro de incertezas — cenário esse que dificulta a projeção de uma melhora mais sustentável a curto prazo.

No período, dentre as variáveis que integram o ICEC, a que avalia as condições atuais (ICAEC) subiu 1,2%. O IEEC, que mensura as expectativas futuras, registrou variação positiva de 1,3%. A variável do índice de investimento (IIEC) fechou com alta de 1,2%.

Expansão e investimento

O Índice de Expansão do Comércio (IEC) encerrou o sétimo mês do ano com alta de 1,9%. Os índices que medem as expectativas para contratação de funcionários e o nível de investimento das empresas também apontaram alta no mês: 2,8%% e 0,8%, respectivamente.

Já o Índice de Estoque (IE) caiu 1,3% em julho, em relação a junho. A proporção dos empresários que consideram a situação adequada dos estoques também registrou recuo (-0,8%) — de 56%, no sexto mês do ano, para 55,2%, no mês seguinte. Aqueles que relatam uma situação inadequada para cima do desejado subiu 0,6%. Os que consideram os estoques inadequados para baixo do desejado se manteve estável (17,3%).

Segundo a FecomercioSP, a proporção dos empresários que relatam que os estoques estão adequados segue maior do que aqueles que relatam inadequação: 55,2% contra 44,5%, respectivamente. Esses números refletem uma conjuntura de retração do consumo, com muitas empresas acumulando produtos nos depósitos.

Orientações da Federação aos empresários:

  • Implementar uma gestão resiliente dos negócios: A dica é trabalhar com liquidações para melhorar o nível de estocagem, mas com respeito à margem de contribuição dos produtos para não sofrer prejuízos;
  • Desenvolver um plano de redução de custos e despesas operacionais: Em momentos desfavoráveis nos quais há dificuldade de prospectar o aumento das vendas, a fidelização de consumidores é uma boa ferramenta. As empresas que adotam essa medida normalmente conseguem mitigar os impactos que a crise traz, alcançando mais público e melhorando os fluxos de caixa.


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