"Proibição no Brasil não funciona", diz relator do PL que autoriza jogos de azar no País
Político entende que País precisa de um novo marco responsável baseado em experiência internacional

Relator do projeto que autoriza o funcionamento de cassinos e bingos no Brasil (PL 2.234/2022), o senador Irajá afirmou que a sociedade brasileira está madura para aceitar a operação das casas de jogos sob regras responsáveis. Ele defendeu uma legislação sobre o tema que esteja “alinhada aos desafios de hoje”.
O senador citou pesquisa do DataSenado, que aponta que 6 em cada 10 brasileiros são favoráveis à legalização dos cassinos. Em sua avaliação, a sociedade vê o projeto — que também autoriza o jogo do bicho e a aposta em corridas de cavalos, entre outros jogos de azar — como oportunidade de desenvolvimento e não uma ameaça.
"A atual proibição não funciona, pois 70% dos brasileiros e brasileiras acreditam que ela não reduz a oferta de jogos ilegais no país. Apenas 25% ainda acham que a lei, hoje, consegue conter a prática criminosa do jogo clandestino, do jogo ilegal, dominado pelo crime organizado. Regulamentar é (...) garantir fiscalização e proteção à nossa sociedade, e os brasileiros apoiam exatamente isso"
Senador Irajá
Senador Irajá entende que o Brasil precisa de um novo marco “moderno e responsável” baseado em experiências internacionais bem-sucedidas, que seja capaz de impulsionar o turismo, atrair investimentos e gerar empregos. Porém, ressalvou que a norma deverá enfrentar a lavagem de dinheiro e o financiamento do crime organizado, além de evitar o endividamento dos jogadores.
Ainda citando os números do DataSenado, ele lembrou que a maioria da população não frequentaria bingos e cassinos, mesmo que fossem legalizados. O parlamentar afastou os “argumentos do medo” sobre as casas de jogos e disse esperar que o Senado analise a matéria com seriedade e critérios técnicos.