Locadoras apontam recorde de 49,6 mi de diárias vendidas em 2019

De acordo com o balanço anual divulgado hoje (17) pela Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), as locadoras de veículos registraram um recorde de 49,6 milhões de diárias vendidas em 2019, um aumento de 6,6 milhões na comparação com o ano anterior. Para a entidade, esse crescimento demonstra a migração da cultura "da posse" para uma nova cultura com foco no pagamento pela "utilização" dos carros.

"Esse Censo anual ratifica que o brasileiro, cada vez mais, pensa mais de duas vezes antes de adquirir novos veículos. As vendas ao varejo encolheram nos últimos 10 anos, variando negativamente de 2,8 milhões para 1,5 milhão de automóveis. Carro alugado é solução de mobilidade e, a partir da análise do balanço anual do nosso setor, ficou claro que está em curso no Brasil a propagação da cultura de pagar menos pelo uso em vez gastar muito mais para ter a propriedade", afirma o presidente do Conselho Nacional da ABLA, Paulo Miguel Junior.

A associação atribui o novo recorde anual de diárias vendidas pelas locadoras principalmente a dois fatores: ao crescimento da demanda por parte de pessoas que passam a aluguel veículos por longos períodos, em vez de comprá-los; e à crescente quantidade de locações para motoristas de aplicativos de transporte. Da frota total de 997.416 veículos das locadoras, entre 150 mil a 200 mil carros são alugados por esses motoristas.

Em 2019, as locadoras compraram 22,8% do total de automóveis e comerciais leves comercializados no País, fazendo com que o setor registrasse o recorde de emplacamentos. Em números absolutos, o setor de locação foi responsável por emplacar 541.346 unidades no ano passado, ante 412.753 comprados em 2018. Já a frota total chegou a 997.416 veículos, um aumento de 171.085 unidades em relação à frota registrada em 2018.

O número de locadoras subiu de 8.033 em 2018 para 10.812 em 2019, gerando uma variação positiva de 3.497 vagas de empregos (75.104). Em relação ao faturamento bruto anual, em 2019 o setor atingiu R$ 21,8 bilhões, enquanto o faturamento líquido foi de R$ 19 bilhões.