Artur Luiz Andrade   |   01/04/2021 13:33   |   Atualizada em 01/04/2021 15:00

Recuperação judicial só atinge operadora do grupo Master; entenda

Demais negócios, como a TMC, não estão no processo de recuperação judicial


Divulgação
Fernando Dias
Fernando Dias
A operadora Viagens Master, de Minas Gerais, anunciou ontem ao mercado que a justiça aceitou seu pedido de recuperação judicial. O Portal PANROTAS procurou a direção da empresa para esclarecer algumas dúvidas e, pelas respostas que obtivemos, o processo de RJ abrange apenas a operadora do grupo, nas áreas de Turismo, lazer e eventos. Outros negócios, como a TMC Master Turismo, não fazem parte da recuperação.

A operadora não deu muitos detalhes, mas disse estar trabalhando para preservar os clientes finais impactados, por meio das agências de viagens que compraram na Viagens Master. A operadora continua funcionando e o canal para dúvidas é pelo e-mail rj@viagensmaster.com.br.

“É um momento duro para todos nós”, lamenta Fernando Dias, fundador da Master. Confira abaixo as respostas de Dias para os questionamentos do Portal PANROTAS.

PORTAL PANROTAS – A recuperação judicial anunciada ontem é apenas para a operadora? Como ficam a TMC e demais negócios do grupo?
FERNANDO DIAS – A RJ atinge apenas a parte de operações de Turismo, lazer e eventos centralizadas na Viagens Master.

PP – De quanto é a dívida da empresa?
FERNANDO DIAS – A questão envolvendo dívida e credores está arrolada no processo de Recuperação Judicial e somente podemos nos pronunciar após autorização da justiça.

PP – A operadora continua funcionando durante a RJ?
FERNANDO DIAS – Sim. A Recuperação Judicial é justamente para que a empresa continue operando normalmente.

PP – Qual impacto para os passageiros e quantos são os passageiros impactados?
FERNANDO DIAS – Como operadora de viagens, os nossos clientes diretos são as agências de viagens que estão arroladas no processo de recuperação judicial.

PP – Qual a recomendação para os agentes de viagens com passageiros impactados?
FERNANDO DIAS – Estamos envidando todos os esforços possíveis para preservar o cliente final e contamos com o apoio das agências de viagens. É um momento duro para todos nós.

PP – Em quanto tempo vocês acreditam que sairão da RJ?
FERNANDO DIAS – Não temos certeza. Historicamente as empresas que entram em recuperação judicial levam, em média, dois anos. Mas os nossos esforços são para sair dessa situação o mais breve possível.

PP – Nos outros negócios há sinais de retomada? Quais as perspectivas?
FERNANDO DIAS – O mercado como um todo foi duramente impactado pela pandemia, trazendo dificuldade para toda a indústria. Esperamos que esta crise, que é mundial, passe logo com a vacinação em curso e que a vida volte ao normal o mais rapidamente possível.

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