Karina Cedeño   |   09/09/2022 08:18 Atualizada em 12/09/2022 11:42

E-HTL comemora 18 anos e espera mais de meio bilhão em vendas

Nessa trajetória, a empresa cresceu e diversificou sua oferta de produtos


PANROTAS / Emerson Souza
Os irmãos e sócios-diretores da E-HTL, Rogério Louro e Flávio Louro
Os irmãos e sócios-diretores da E-HTL, Rogério Louro e Flávio Louro
A E-HTL atingiu a maioridade: são 18 anos de história, completados no dia 4 de setembro. Nessa trajetória, a empresa cresceu e diversificou sua oferta de produtos: hoje atende também o lazer e começará a vender cruzeiros em breve.

“Nós iniciamos a E-HTL em 2004 como um segmento dentro da Visual Turismo. O objetivo era atender o mercado corporativo por meio de um sistema de reservas on-line focado na venda de hotéis. Em 2007, o que era um segmento virou uma empresa, com CNPJ, e a partir daí se desvinculou totalmente da Visual”, conta Flávio Louro. Hoje, ele e o irmão, Rogério, são os sócios-diretores da operadora.

O início da E-HTL foi, nas palavras de Flávio, uma sacada bem interessante. “Afinal, fomos para um mercado pouco explorado, que era o corporativo, éramos 100% focados na venda de hotéis e – um grande diferencial para a época 100% on-line”. Em 2010, Louro assumiu a gestão da empresa e começou a traçar novos rumos para ela. Entre eles, a expansão territorial. “Hoje são 22 bases em quase todos os Estados do Brasil”, comenta o diretor geral da E-HTL.

A meta é expandir o atendimento para outras praças, como São Luís, Manaus, Mato Grosso e o interior de São Paulo. “Mas esse objetivo esbarra na falta de mão de obra. Está difícil de contratar profissionais qualificados. Chegamos a contratar headhunters e até eles têm dificuldade para encontrar candidatos. Por conta disso, recentemente iniciamos, junto ao departamento financeiro, um trabalho de formar novos profissionais. Contratamos duas pessoas que estão em seu primeiro emprego e, assim, pretendemos formar novos talentos”, conta.

Apesar das dificuldades, 2022 está sendo um grande ano para a empresa. “Nossa retomada está muito acima da curva. Temos um problema bom para resolver, que é a falta de pessoas para atender à demanda existente, e neste ano estamos batendo todas as metas. A meta do ano, por exemplo, já foi batida em julho. E agora pretendemos aumentar em pelo menos 50% essa meta que já foi atingida. A expectativa para 2022 é superar meio bilhão de reais em vendas”, conta Louro.

PANROTAS / Emerson Souza
Diretoria e gerência da E-HTL: Rogério Louro, Deborah Pardim, Amanda Mastro, Simone Ricio, Erika Kvint, Simone Colombo, Flávio Louro, Renata Marcadalle, Reginaldo Gama e Eliane Rizzo
Diretoria e gerência da E-HTL: Rogério Louro, Deborah Pardim, Amanda Mastro, Simone Ricio, Erika Kvint, Simone Colombo, Flávio Louro, Renata Marcadalle, Reginaldo Gama e Eliane Rizzo
E a expansão vai muito além dos negócios. De 2019 para cá, a E-HTL passou de 80 funcionários para 130 e já começa a ampliar a área ocupada pela empresa, hoje localizada no quarto andar do número 104 da Avenida Ipiranga. “Estamos reformando o décimo andar e vamos dobrar o espaço, passando para mais de 1,2 mil metros quadrados”, comenta Louro.

Os departamentos que compõem a empresa atualmente são Financeiro, Produtos Nacionais, Produtos Internacionais, Aéreo, Locação, Receptivo, Grupos, Marketing, Operações, TI, RH e Vendas.

Hotelaria continua sendo o carro-chefe da E-HTL, principalmente no segmento corporativo. “Locação de veículos também tem uma venda bem expressiva e começamos há dois anos a implantar a parte de pacotes para atender o mercado de lazer. Hoje temos até um departamento aéreo”, diz Flávio Louro. Segundo ele, o corporativo responde, no momento, por 80% do share da empresa, enquanto o lazer fica com 20%. “A expectativa é aumentar o share do lazer para pelo menos 25%, mas isso esbarra na questão das tarifas aéreas, que estão nas alturas. Diante desse cenário, acredito bastante na força do regional."

O desafio, agora, é implementar outros segmentos dentro do negócio, como a parte de cruzeiros, projeto que deve ser iniciado em breve. Hoje a carteira da E-HTL conta com dez mil agências, enquanto na parte de fornecedores são cerca de cinco mil hotéis, mais de 100 empresas de receptivo pelo Brasil, 15 companhias aéreas contratadas diretamente e 12 conexões diretas com locadoras de veículos no Brasil e no mundo. Há, ainda, outros produtos, como seguro viagem, ônibus, táxi executivo, ingressos, passeios e tíquetes.

E por que a empresa não teve interesse de ingressar na CVC Corp? “Ainda sou muito jovem para vender minha empresa. Com a Visual isso aconteceu porque meu pai (Afonso Louro) já havia trabalhado por 55 anos na indústria do Turismo e aproveitou pouco a vida. Então estava na hora de ele e minha mãe pararem para descansar e curtir um pouco. Ele se aposentou em 2018 e eu e o Rogério seguimos com a E-HTL. Fazemos o que gostamos e queremos estar nesse negócio. Daqui a cinco anos, vejo a empresa como uma referência".

Diferenciais da E-HTL
Entre os diferenciais da operadora, Louro destaca o atendimento 100% aos agentes de viagens, com qualidade na prestação de serviços. “Além do atendimento em horário comercial, temos um plantão próprio, com funcionários instruídos a resolverem o problema do passageiro in loco, por meio de um sistema hábil e completo. Sem falar do nosso sistema de reservas, no qual o agente encontra tudo o que precisa. Para fazer uma reserva de hotel, por exemplo, ele leva menos de um minuto e sai com o voucher na mão”.

O reconhecimento dos agentes é, para ele, a melhor conquista da E-HTL nesses 18 anos de história. “Passamos esse período de pandemia atendendo os agentes, embarcando todos os passageiros, efetuando reembolsos em vez de cartas de créditos. Não deixamos de embarcar nenhum passageiro, nem de devolver o que era de direito deles. Aprendi com meu pai a ser parceiro do fornecedor e a respeitar os agentes de viagens. Não concorremos com eles, ao contrário do que o mercado diz. Estamos o tempo todo ao lado dos agentes, prestando serviço com qualidade e responsabilidade”.

PANROTAS / Emerson Souza
Flávio Louro
Flávio Louro
Louro também acredita que os dois anos de pandemia fizeram os brasileiros reconhecerem as viagens como uma necessidade. "Antes a prioridade era trocar o carro, reformar a casa e tudo isso virou secundário. Hoje viajar também é uma necessidade, um bem-estar. Vemos isso não só no corporativo, mas também no lazer. As pessoas escolhem boas experiências, hotéis mais confortáveis, com mais privacidade, com melhor localização", comenta Louro.

Porém, o Turismo tem, na visão dele, algumas coisas para melhorar. "O lado ruim são as loucuras que acontecem. Por exemplo: o parcelamento em 12 vezes, que não é uma necessidade hoje, pois o mercado está comprador. Não é inteligente parcelar em 12 vezes, ou baixar o preço, deixando de proteger a rentabilidade da empresa. Também não acho certo sair comissionando em mais do que se pode, ou trabalhar com margens mínimas que, lá no final, não vão fechar a conta. O Turismo caminha na contramão de outras indústrias, parcelando em muitas vezes com margens baixíssimas, que não se sustentam. Isso estraga o setor", opina o executivo.

Campanha para os agentes de viagens
A E-HTL iniciou, em 1º de setembro, uma nova campanha para os agentes de viagens, que irá premiá-los com R$ 100 mil. “A ação, que vai até o dia 31 de outubro, será realizada em cinco regiões do Brasil e dará R$ 10 mil para o primeiro colocado, R$ 5 mil para o segundo e R$ 3 mil para o terceiro”, comenta Louro, que também anuncia novidades para a Black Friday.

Nesta semana em que celebra 18 anos, a E-HTL recebeu a PANROTAS para apresentar a empresa e seus funcionários. Veja mais fotos no álbum abaixo e conheça a equipe.

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