Almir Bonfim Jr

O plano estratégico da CVC Operadora para os próximos três anos está pronto. O Conselho Executivo da CVC Corp, em parceria com a consultoria Integration, finalizou as reuniões e definiu os pilares da operadora até 2027, no que Fábio Godinho, CEO da companhia, chama de terceira fase da CVC Corp:

• a primeira, de junho a dezembro de 2023, foi a Back to the Basics;
• a segunda, em 2024, Foundation, para construir as bases para o crescimento que virá e arrumar a casa;
• e a terceira, que começa em 2025 será de Inovação e Crescimento.

Definidos os pilares da operadora (a “amarelinha”), no começo do ano será a vez do B2B e da CVC Argentina. Tudo embalado por bons resultados do balanço da CVC Corp do terceiro trimestre do ano, considerado pelos analistas do Santander, como “melhores que o esperado”, destacando o primeiro lucro desde 2019 e fluxo de caixa compatível com o terceiro trimestre daquele ano, o melhor da história da companhia. Godinho também destaca o fluxo de caixa como o maior destaque do balanço divulgado esta semana, que tinha também vários outros índices positivos.

Pilares da CVC Operadora

O objetivo, até 2027, segundo Fabio Godinho, é ser a líder omnichannel no mercado de Turismo no Brasil. Ou seja, ter toda a flexibilidade, com paridade de preço, para o cliente comprar como e onde quiser. E no Brasil inteiro, o que está alinhado com a meta de crescer em cidades menores, fora das capitais, com os novos modelos de franquia e com a conversão de agências de viagens multimarca.

Em entrevista à PANROTAS, Godinho destacou os cinco pilares definidos para a CVC Operadora, que já tem 103 projetos, ou planos de ação, definidos e distribuídos entre as lideranças:

1. TECNOLOGIA
2. COMPETITIVIDADE E PREÇO
3. REFORÇO DO CORE BUSINESS
4. NICHOS E MERCADOS NOVOS
5. ENGAJAMENTO DO TIME

Tecnologia reúne maior parte dos projetos

Dos 103 projetos definidos para essa terceira fase da nova gestão da CVC, 56 são diretamente ligados a tecnologia.

CRM, Inteligência Artificial, Aperfeiçoamento e Avanço do Projeto Figital, CVCZap, Melhorias no Atlas, Experiência Tecnológica na Loja... são muitos os campos tocados nesse pilar, onde a CVC Corp já investe cerca de R$ 200 milhões por ano.

Competitividade nos produtos exclusivos

O pilar competitividade passa pela relação mais próxima com os fornecedores, muitos deles no programa de preferenciais, e pelo aumento dos produtos exclusivos. Tanto em empresas aéreas, como em hotéis e experiências nos destinos.

E inclui ainda o aumento da comissão flexível, já implementada nas lojas CVC para a hotelaria, e em breve também para pacotes e aéreo.

São armas poderosas (fornecedores preferenciais e comissão flexível) para, de acordo com Godinho, levar competitividade em relação ao maior concorrente quando falamos em preço e promoções: OTAS? Não. A venda direta de fornecedores, canal que o mais recente estudo da Phocuswright para a América Latina mostrou ser o que mais crescerá até 2027, com 27% de share, empatado com as OTAs, e ainda abaixo do off-line (ou canais tradicionais), com 46%.

PANROTAS / Emerson Souza

Qual o core business?

No pilar de reforço do core business, o foco é a melhoria na gestão de franquias, e na relação com as agências de viagens multimarcas – que também ganham a meta de conversão.

Hoje a CVC conta com 32 master franqueados, que respondem por 50% das vendas e, segundo o CEO da CVC Corp, são fundamentais com seu conhecimento regional, especialmente nesse momento em que a empresa cresce em cidades menores. “Essa fortaleza da CVC, o conhecimento regional dos master, é irreplicável”, afirma.

Crescer onde?

Luxo? Corporativo? Novos mercados internacionais? Fabio Godinho não quis adiantar qualquer informação sobre o pilar de novos nichos e mercados. Segredos e projetos guardados a sete chaves. Alguma aposta?

Projeto Fluir

O quinto pilar, que visa engajar os colaboradores CVC, está simbolizado pelo Projeto Fluir, que será lançado em breve e que abrangerá desde a saúde emocional e física dos funcionários até a social. Novidades também em breve.