Artur Luiz Andrade   |   02/02/2021 10:27
Atualizada em 02/02/2021 12:19

O papel de cada um na reconstrução do Turismo; qual o seu?

Jeanine Pires define seis eixos de ação e elege a colaboração como fundamental nessa reconstrução

Com a pandemia e a crise ainda em alta, mas já com perspectivas de controle no médio prazo (ou longo, se nossos políticos não colaborarem), o caminho da reconstrução e recuperação da indústria de Viagens e Turismo está à nossa frente. Há muito a ser feito, e a diretora da Travel Matcher e da Pires Inteligência em Destinos e Eventos, Jeanine Pires, também blogueira PANROTAS, organizou, a pedido da Revista PANROTAS, o que cada player do setor (governos, empresas, destinos e profissionais) precisa fazer para cumprir os objetivos da estratégia de recuperação (aliás, é preciso ter uma).

Confira abaixo os seis eixos definidos por Jeanine Pires, o que cabe a cada um dos atores da indústria e como a cooperação é outra palavra e ação-chave nesse caminho.

Emerson Souza
Jeanine Pires
Jeanine Pires
6 eixos e 1 palavra para reconstruir o Turismo no Brasil

Jeanine Pires é diretora da Pires Inteligência em Destinos e Eventos e da Travel Matcher, além de ex-presidente da Embratur

As análises de instituições internacionais sobre os impactos da pandemia na economia global destacam o Turismo como uma das atividades altamente impactadas. Espera-se que o Turismo internacional se recupere aos níveis de 2019 a partir de 2024, e as viagens domésticas vêm sendo destaque em locais como a China, Rússia e Brasil.

A vacina tem mostrado de forma tímida a volta à procura para viagens internacionais, mas o cenário ainda é bastante incerto.
Soluções individuais terão impacto insignificante em um cenário tão interdependente, onde não existem fronteiras, sejam elas territoriais, sociais, econômicas, religiosas ou de qualquer tipo. O cenário é complexo exige respostas consistentes com ações efetivas.

Especialmente no caso do Brasil, mesmo com a fortaleza do mercado doméstico, o Turismo entrou em 2021 com a necessidade de incentivos e políticas públicas que apoiem sua sobrevivência e reconstrução. Então quais seriam, com base nas informações que temos hoje, as principais prioridades para as políticas públicas e privadas no Turismo no Brasil? Quem é o principal responsável por esses temas?

Tudo está interligado e o ideal é entender bem os principais desafios a enfrentar.

OBJETIVODO QUE MAIS PRECISAMOS?QUEM PODE LIDERAR ?
Apoiar empresas de turismoApoiar empresas para que resistam à crise, ajudando a preservar e recuperar empregos em setor intensivo em mão de obra, espalhada por todo o PaísGoverno Federal
Restaurar a confiança nas viagensVacina, ações de comunicação e marketing, protocolos de segurança sanitária, uso de tecnologias sem toque, dentre muitas ações complementaresGovernos em todos os níveis; entidades de Turismo e empresas
Promover e incentivar o Turismo doméstico seguroDe forma segura e responsável incentivar os brasileiros a viajarem em seu País, em espaços com maior familiaridade, opções próximas e com alto custo-benefícioGovernos em todos os níveis; e empresas
Apoiar e agir para a volta do Turismo internacionalConstruir soluções que, gradativamente, ajudarão brasileiros e estrangeiros a entrar e sair do Brasil de forma segura e tranquila. Cuidar da imagem do País, definir estratégias de promoção e relacionamento com os mercadosGoverno Federal e empresas
Comunicar-se de forma efetiva e constanteTrabalhar em estratégias intensivas e permanentes para informar brasileiros e estrangeiros sobre a situação dos destinos, disseminação de selos de viagens seguras e medidas de segurançaGovernos em todos os níveis e empresas
Reconstruir o Turismo para uma atividade mais sustentável e forteTrazer novas respostas e ações para a reconstrução do Turismo tendo como foco a sustentabilidade econômica, ambiental, social e cultural. Fazer melhor e tornar o Turismo mais resistente para futuros desafios.Governos em todos os níveis; empresas; entidades e profissionais

Por fim, ao olhar para esse quadro a palavra mágica: cooperação. Cooperação entre os setores públicos, privados e não governamentais, entre países, entre entidades nacionais e internacionais. Não existe solução individual ou mágica, o que existe é o entendimento da situação, a eleição de ações eficazes para construir e criar o Turismo que queremos para o Brasil.”

O artigo de Jeanine Pires é parte da edição 1.456 da Revista PANROTAS, que pode ser lida na íntegra abaixo. Se quiser receber pelo Telegram, toda sexta-feira, se inscreva em nosso canal: https://t.me/panrotas.


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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é editor-chefe da PANROTAS, jornalista formado pela UFRJ e especializado em Turismo há mais de 30 anos.