Felipe Lima   |   13/11/2018 17:33

UE financia projeto de segurança para entrada de turistas

A tecnologia visa proporcionar passagens de fronteiras terrestres mais eficientes e seguras para facilitar o trabalho dos guardas

TBIT/Pixabay
O sistema analisa microexpressões dos imigrantes
O sistema analisa microexpressões dos imigrantes
A fim de facilitar a entrada de pessoas em seu território, a União Europeia está financiando o projeto Iborderctrl, sistema de controle inteligente que torna os procedimentos de fronteiras mais rápidos para os viajantes. As organizações parceiras da novidade se beneficiarão deste crescente mercado de segurança europeu - um setor previsto para valer US$ 146 bilhões na Europa até 2020.

"Estamos empregando tecnologias existentes e comprovadas para capacitar os agentes de fronteira a aumentar a precisão e a eficiência dos controles de fronteira. O sistema irá coletar dados que vão além da biometria e dos biomarcadores de fraude., diz o coordenador do projeto, George Boultadakis.

O projeto tem como objetivo proporcionar passagens de fronteiras terrestres mais eficientes e seguras para facilitar o trabalho dos guardas em localizar imigrantes ilegais e, assim, contribuir para a prevenção do crime e do terrorismo.

O sistema foi configurado para que os viajantes usem um aplicativo para fazer upload de fotos de passaporte, visto e comprovante de fundos e usar uma webcam para responder a perguntas de um guarda animado por computador, personalizado para a linguagem, o gênero e etnia do viajante. A abordagem analisa as microexpressões dos viajantes para descobrir se o entrevistado está mentindo.

Esta etapa de pré-triagem é o primeiro de dois estágios. O segundo ocorre na fronteira real. Os viajantes que foram sinalizados como de baixo risco durante a fase de pré-triagem passarão por uma breve reavaliação de suas informações para a entrada, enquanto os passageiros de alto risco passarão por uma verificação mais detalhada.

Os funcionários da fronteira usarão um dispositivo portátil para cruzar automaticamente as informações, comparando as imagens faciais capturadas durante a etapa de pré-triagem com os passaportes e fotos tiradas em travessias anteriores. Só então um guarda de fronteira assume o controle do sistema automatizado.

Espera-se que os testes iniciados na Hungria, Grécia e Letônia provem que o sistema inteligente de controle portátil ajuda os guardas de fronteira a identificar os viajantes envolvidos em atividades criminosas. Os testes começarão com laboratório para familiarizar os guardas de fronteira com o sistema, seguidos por cenários e ações em condições realistas ao longo das fronteiras.

Tópicos relacionados