Filip Calixto   |   23/01/2024 13:11

Quero Passagem mira mercado B2B e venderá até bilhete aéreo em 2024

Em 2023, empresa chegou a comercializar 6 milhões de passagens, sendo 1,5 milhão a clientes corporativos

PANROTAS / Filip Calixto
Jarick Piasecki e Lukasz Gieranczyk, sócios fundadores da Quero Passagem, na entrada do lounge vip que a empresa inaugurou no Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo
Jarick Piasecki e Lukasz Gieranczyk, sócios fundadores da Quero Passagem, na entrada do lounge vip que a empresa inaugurou no Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo

"Um marketplace de passagens rodoviárias". É dessa maneira que a plataforma Quero Passagem, que em 2024 chega a dez anos de fundação, resume o trabalho que faz e que tipo de empresa se propõe a ser. Mas apresar da apresentação resumida, a companhia tem números e intenções abrangentes para sua operação.

No balanço de 2023, a empresa chegou a comercializar 6 milhões de passagens, sendo 1,5 milhão para clientes corporativos, e para o ano que acaba de começar a companhia inaugurou sua primeira sala vip e tem planos de internacionalizar a marca, além de passar a vender também diárias hoteleiras e até mesmo bilhetes aéreos.

"A venda de passagens no modal rodoviário ainda seguirá sendo nosso principal negócio, sem dúvida, mas incluiremos também produtos que complementem o que já fazemos", afirma o sócio fundados da companhia, Lukasz Gieranczyk. Ele informa que as diárias hoteleiras já podem ser encontradas no site e os trechos de avião serão introduzidos ainda neste ano.

"Há ocasiões em que a distância, por mais confortável que seja o ônibus, sugere que façamos a viagem de avião. Nessas ocasiões procuraremos oferecer o serviço aéreo", completa Gieranczyk.

Os novos serviços serão somados a um cardápio já farto de opções que a empresa apresenta. Atualmente, a Quero Passagem vende bilhetes para cinco mil destinos, alguns deles inclusive fora do Brasil, e tem parcerias formadas com 350 viações que trabalham no País. Os principais clientes são dos perfis socioeconômicos conhecidos como classes A, B e C.

Contudo, as agências de viagens corporativas passaram a ser atendidas também e hoje são um tipo de clientela importante. "Cada vez mais empresas têm adotado o modal rodoviário para fazer suas visitas e viagens a trabalho, até mesmo pelo custo", explica o diretor de Marketing da empresa, Edson Lopes. Segundo ele, não é raro que agências de viagens parceiras, que trabalham com o segmento corporativo, reservem o equivalente a um ônibus completo para colaboradores, com agendas em outras cidades. "Esse é um segmento que tem crescido e em 2024 tende a ser ainda mais representativo", completa Lopes.

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Edson Lopes, diretor de Marketing da empresa, explica que a Quero Passagem tem investido mais no mercado corporativo
Edson Lopes, diretor de Marketing da empresa, explica que a Quero Passagem tem investido mais no mercado corporativo

Esse crescimento do chamado B2B faz com que a plataforma já comece a articular alguns planos de fretamento rodoviário. Ainda não há um produto formatado, mas a ideia já tem andamento dentro da empresa. "Cada vez queremos personalizar mais para atender o quanto mais clientes possíveis", diz o líder de Marketing.

Viajo Mucho

Atualmente com 120 pessoas contratadas, a empresa também toca busca mercados internacionais e o primeiro passo já foi dado. Desde o ano passado há uma operação no México, que acontece com a marca Viajo Mucho.

Esse projeto deve ser ampliado para outros países, mas ainda não há um roteiro determinado de por qual região e como. A ideia, por ora, é ampliar o trabalho no mercado mexicano e fortalecer a marca internacional.

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