Artur Luiz Andrade   |   12/07/2006 12:43

Veja a história da Tam, que hoje faz 30 anos

Veja a historia da Tam, que hoje faz 30 anos A Tam Linhas Aereas (www.tam.com.br), que comemora hoje 30 anos de sua fundacao, lidera o merca

A Tam Linhas Aéreas (www.tam.com.br), que comemora hoje 30 anos de sua fundação, lidera o mercado doméstico desde julho de 2003 e fechou o último mês de junho com 47,6% de market share. A companhia voa para 47 destinos no Brasil. Com os acordos comerciais firmados com companhias regionais, chega a 72 destinos diferentes do território nacional.

As operações para o Exterior abrangem vôos diretos para cinco destinos: Nova York e Miami (EUA), Paris (França), Buenos Aires (Argentina) e Santiago (Chile). A partir de 28 de outubro, a Tam passa a oferecer também vôos diretos e diários para Londres.

Com a Tam Mercosur, vai a outros cinco destinos: Assunção e Ciudad del Este (Paraguai), Montevidéu (Uruguai), Santa Cruz de la Sierra e Cochabamba (Bolívia). A companhia oferece ainda uma freqüência diária para Lima, no Peru, operada em code-share com a Taca.

Além disso, mantém acordos de code-share com companhias internacionais que possibilitam ao passageiro viajar para grande diversidade de destinos no mundo.

Pioneira no lançamento de um Programa Fidelidade para empresa aérea no Brasil, a Tam possui hoje três milhões de associados e já distribuiu 3,3 milhões de bilhetes por meio de resgate de pontos.

Veja a história da companhia, desde a década de 60 (na era pré-Tam) até os dias de hoje, comandada por Marco Antonio Bologna.

Anos 60

A Táxi Aéreo Marília surgiu em 1961, a partir da união de dez jovens pilotos de monomotores. Na época, eles faziam o transporte de cargas e de passageiros entre o Paraná e os Estados de São Paulo e do Mato Grosso. Após seis anos, o grupo é comprado pelo empresário Orlando Ometto, tem a sua sede mudada para São Paulo e também muda o seu perfil ao começar a transportar apenas malotes.

Anos 70
Em 1971, o comandante Rolim Amaro, que já havia trabalhado na companhia em seus primeiros anos de funcionamento, é convidado por Orlando Ometto para ser sócio minoritário da empresa, com 33% das ações. No ano seguinte, o piloto adquire metade das ações da Tam e assume a direção da empresa.

O ano de 1976 marca o surgimento da Tam - Transportes Aéreos Regionais, que dá origem à empresa conhecida hoje como Tam Linhas Aéreas. Rolim detém 67% do capital da nova empresa, com atendimento voltado para o interior de São Paulo, Paraná e Mato Grosso

Anos 80
A década de 80 marca um período de crescimento. A mudança começa com a chegada do Fokker-27, substituindo os aviões bimotores. Em 1981, a Tam comemora a marca de um milhão de passageiros transportados.

O primeiro grande salto da malha da empresa vem em 1986, com a aquisição da companhia aérea Votec. Com a medida, a Tam estende as suas atividades para as regiões Centro-Oeste e Norte do País.

A partir de 1989, a presença do comandante na porta das aeronaves para recepcionar os passageiros e o inconfundível tapete vermelho no acesso para a escada de embarque passam a fazer parte do tratamento diferenciado oferecido pela Tam.

Anos 90

A empresa ganha mais visibilidade com a chegada dos Fokker-100, inaugurando uma nova era na aviação regional.

Em 1993, a Tam lança com pioneirismo o Programa Fidelidade, que se destaca por não prever limitação de assentos para as passagens gratuitas.

O ano de 1996 marca o início das operações da Tam em todo o território nacional. A Tam adquire a companhia Lapsa do governo paraguaio e cria a Tam Mercosur.

Em conjunto com um consórcio formado pela Lan Chile e Taca, a Tam lidera a negociação para compra das aeronaves Airbus. O resultado é a compra de 150 aeronaves para as três empresas junto ao consórcio europeu.

Outra iniciativa estratégica é a compra de uma área de 185 alqueires ( 447 hectares ) na região de São Carlos, no interior de São Paulo, que hoje é a sede do Centro Tecnológico da Tam.

Em 1998, chegam à Tam seus primeiros Airbus A330 e a empresa faz o seu primeiro vôo internacional na rota São Paulo-Miami.

No ano seguinte, é a vez do primeiro destino para a Europa (Paris), em parceria com a Air France.

Apostando na tecnologia como meio para atender melhor os seus passageiros, a Tam lança novamente com pioneirismo no Brasil um moderno sistema de bilhetes eletrônicos, batizado com o nome de e-ticket.

Anos 2001-2002

A Tam começa em 2000 uma ofensiva fase de crescimento, mas o ano de 2001 é marcado por grandes acontecimentos. O comandante Rolim morre tragicamente no dia 8 de julho em um acidente de helicóptero. Dois meses depois, a aviação internacional sofre um sério abalo e entra em um ciclo de retração em decorrência dos atentados de 11 de setembro.

Assim como em outras partes do mundo, o mercado brasileiro sofre os efeitos da retração econômica. No entanto, a Tam cresce 31% nesse período, transportando mais de 13 milhões de passageiros e elevando o faturamento para praticamente R$3 bilhões no ano. Em 2001, a empresa incorpora mais 15 aeronaves Airbus A 320 e dois Airbus A 330. Mesmo com as adversidades, a Tam transporta quase 14 milhões de passageiros.

Ano 2003
A Tam remaneja sua malha aérea, reestrutura-se internamente e dá início ao compartilhamento de vôos com a Varig. A empresa lança o e-Tam Auto-Atendimento nos principais aeroportos do País, um equipamento que permite aos passageiros fazer o seu check in em apenas dez segundos.

A companhia fecha o ano com lucro de R$ 174 milhões, o maior de sua história. Depois de uma carreira de 30 anos na empresa, Daniel Mandelli Martin deixa a presidência da Tam.

Ano 2004


Marco Antonio Bologna, que havia ocupado a vice-presidência Financeira, assume a presidência no dia 19 de janeiro. São criados os vôos noturnos, com tarifas reduzidas, conhecidos como “corujões”.

A Tam também investe em conforto e lança a poltrona da Nova Classe Executiva dos vôos internacionais para Europa (Paris) e EUA (Miami). A reclinação das poltronas passa de 145º para 180º.

Com o reaquecimento da economia, a companhia volta a operar os vôos diurnos para Miami e passa a operar mais três vôos semanais para Paris. Com isso, o número de freqüências para os EUA sobe para 14. Para a Europa, a Tam passa a oferecer dez vôos semanais. Além disso, a empresa inicia uma estratégia de crescimento para a América Latina e começa a voar diariamente para Santiago do Chile no início de dezembro. Recebe também autorização do órgão regulador para operar para Lima (Peru).

Para adequar a frota ao aumento de demanda no mercado doméstico e internacional, a Tam confirma a chegada do seu décimo Airbus A330 até outubro de 2005, que será usado nas viagens internacionais. A empresa também acertou junto à Airbus um cronograma para a entrega de mais 10 aeronaves A320 nos próximos quatro anos. Deste total, três serão entregues em 2005 e outras quatro deverão chegar em 2006. Além dessas entregas firmes estarão garantidas também 20 opções para o mesmo tipo de aeronave, sujeitas apenas à confirmação pela Tam.

No mercado doméstico, a Tam fecha uma série de acordos com companhias aéreas regionais para aumentar a sua cobertura no território nacional e oferecer novas possibilidades de conexão e de freqüências para seus passageiros. Ao todo, são 25 novos destinos nacionais, responsáveis pelo transporte de 38 mil passageiros a mais em 2004. Os acordos envolvem cinco empresas: Passaredo, Ocean Air, Total, Trip e Pantanal. Com isso, a Tam passa a cobrir uma malha com 66 cidades no território nacional (sendo 41 destinos próprios).
A Tam fecha o mês de dezembro com a liderança no mercado doméstico pelo 18º mês consecutivo e um recorde historio no mês de dezembro: 41,17% de market share. No acumulado do ano, a Tam fica com uma participação de 35,79% no setor nacional e de 14,48% no internacional. A ocupação das aeronaves acumulada no ano também atinge bons resultados: 64% no mercado doméstico e 72% no internacional.
A Tam acumulou lucro de R$ 294,2 milhões até setembro, crescimento de 235,6% comparado ao mesmo período do ano passado. No 3º trimestre, o resultado foi de R$ 53,3 milhões, variação positiva de 524,5% ante os meses de julho a setembro de 2003.

Anos 2005 e 2006

Em 2005 a Tam anunciou um lucro de R$ 187,4 milhões. Com patrimônio líquido de R$ 760 milhões, a companhia obteve retorno de lucro líquido sobre patrimônio de 25% ao final do exercício. Em US GAAP (prática contábil dos EUA), o lucro da companhia atingiu R$ 435,4 milhões.

Resultado da operação, o EBIT foi de R$ 426 milhões, com margem de 7,5%, aumento de 1,0 p.p. em relação a 2004. O EBITDAR, que reflete a geração de caixa da empresa antes das despesas financeiras, impostos, depreciação, amortização e aluguéis, totalizou R$ 1,140 bilhão, crescimento de 9,6% comparado ao ano anterior, e margem de 20,2%. Já o EBITDA, que exclui os arrendamentos, teve margem de 9,1%, atingindo R$ 512 milhões (ante R$ 388 milhões em 2004).

A receita bruta cresceu 24,6%, para R$ 5,910 bilhões. A receita obtida com cargas subiu expressivos 27,7%, totalizando R$ 407,146 milhões. A expansão da malha aérea doméstica e internacional, o aumento da oferta e da frota da companhia foram alguns dos fatores que impulsionaram o resultado da Tam Express.

Já em 2006, a Tam chegou a quase 50% do mercado doméstico e 30% do internacional, entre as empresas nacionais.

FICHA TÉCNICA
Nome: Tam Linhas Aéreas S/A
Fundação: 12 de julho de 1976
Endereço: Av. Jurandir, 856. Hangar
7. Jardim Ceci - São Paulo- SP.
PABX: +(55 11) 5582-8811
SITE: www.tam.com.br

Frota: 83 aeronaves
Airbus A-330: 07
Airbus A-320: 41
Airbus A-319: 13
*Fokker 100: 22
* Três aeronaves são operadas pela Tam Mercosul

Destinos nacionais: 45
Destinos internacionais servidos pela TAM: 5 (EUA, via Miami, Nova York; Europa, via Paris; Argentina, Buenos Aires; e Santiago do Chile)
Destinos internacionais servidos pela TAM através de alianças: 29
Número de funcionários: 8.550 diretos e 3.700 indiretos

Principais executivos
Presidente: Marco Antonio Bologna
Vice-presidente Comercial e Marketing: Wagner Ferreira
Vice-presidente Técnico-Operacional: Ruy Amparo
Vice-presidente de Planejamento: Gelson Pizzirani
Vice-presidente de Finanças e Gestão: Líbano Miranda Barroso