Artur Luiz Andrade   |   14/08/2009 09:16

Receita cai mas lucro da Tam é recorde: R$ 789 milhões

A Tam anunciou hoje seus resultados para o segundo trimestre do ano e o destaque foi o lucro líquido recorde de R$ 788,9 milhões, com crescimento de 134,1% na comparação com o mesmo período de 2008, quando o resultado foi de R$ 337 milhões.

A Tam anunciou hoje seus resultados para o segundo trimestre do ano e o destaque foi o lucro líquido recorde de R$ 788,9 milhões, com crescimento de 134,1% na comparação com o mesmo período de 2008, quando o resultado foi de R$ 337 milhões. "Obtivemos o maior lucro líquido trimestral da história da nossa empresa", destaca presidente David Barioni Neto. No acumulado do primeiro semestre de 2009 o lucro líquido foi de R$ 850,7 milhões, 122,1% superior ao de janeiro a junho do ano passado. Sua principal concorrente, a Gol, teve metade deste lucro no mesmo período (R$ 354 milhões).

A receita operacional bruta de abril a junho deste ano, porém, alcançou R$ 2,4 bilhões, com decréscimo de 8,4% em relação ao mesmo período de 2008, devido principalmente ao impacto da crise econômica internacional na demanda de passageiros que viajam a negócios, os quais representam cerca de 75% dos clientes da Tam. No acumulado do primeiro semestre de 2009, a receita bruta da companhia foi de R$ 5,1 bilhões, com crescimento de 3,4% na comparação com o mesmo período de 2008.

A Tam apurou resultado financeiro líquido de R$ 1,3 bilhão no segundo trimestre. O vice-presidente de Finanças, Gestão e TI da empresa, Líbano Barroso, explica que "a dinâmica da valorização do real frente à moeda norte-americana, que passou de 2,31 reais por dólar no fechamento do primeiro trimestre para 1,95 real no final do segundo trimestre, gerou um impacto positivo de R$ 1,2 bilhão, devido principalmente à redução dos valores futuros de arrendamentos financeiros a pagar". Outro impacto positivo, acrescenta, decorreu de ganho não realizado de R$ 471,6 milhões nos contratos de hedge de combustível, numa situação oposta à que ocorreu no último trimestre de 2008.

Barroso disse que "a companhia realizou uma emissão pública de debêntures em julho último e captou R$ 600 milhões junto a investidores qualificados com o objetivo de aumentar a liquidez da empresa, garantir as condições de crédito e reforçar nosso capital de giro". Esses recursos elevaram o caixa da Tam para R$ 1,7 bilhão.

FIDELIDADE

No grupo de outras receitas operacionais, o destaque ficou novamente com as parcerias do Programa TAM Fidelidade, que renderam R$ 156 milhões no segundo trimestre, com aumento de 53,9% em relação ao mesmo período de 2008, e R$ 364,4 milhões no semestre encerrado em 30 de junho último, crescimento de 90,3% sobre os primeiros seis meses do ano passado.

As receitas de cargas nos mercados doméstico e internacional, por sua vez, recuaram 16%, para R$ 214,9 milhões no trimestre encerrado em 30 de junho, enquanto no semestre a queda foi de 10%, para R$ 423,3 milhões, na comparação com iguais períodos do ano anterior.

O resultado da operação medido pelo EBIT (Earnings Before Interest and Tax, ou lucro antes da participação de acionistas minoritários, receitas ou despesas financeiras líquidas e impostos, entre outros itens) no segundo trimestre foi equivalente a uma perda operacional de R$ 95,3 milhões, com margem negativa de 4%.

MENOS HORAS VOADAS

O presidente da Tam destacou que a companhia apresentou uma média diária de 11,6 horas na utilização das aeronaves, 8% abaixo das 12,7 horas diárias por aeronave registradas no segundo trimestre do ano passado. "Tomamos a decisão de manter inalterado o nosso plano de frota para 2009, por acreditar em uma recuperação do mercado até o final do ano. Em decorrência, decidimos controlar a capacidade ofertada por meio do número de horas que voamos por aeronave", explicou Barioni. "Fomos a companhia aérea mais pontual durante todo o segundo trimestre, quando apresentamos índice de pontualidade de 93,4% em nossos voos, 1,5 ponto percentual acima da média do mercado".

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