PANROTAS Brasília   |   01/06/2011 19:54

Deputados fazem ressalvas à concessão de aeroportos

Apesar de satisfeitos com o anúncio, pelo governo federal, da possibilidade de concessão de três aeroportos brasileiros (Guarulhos, Viracopos e Brasília), a oposição aproveitou a audiência pública para criticar a demora na privatização da Infraero.

Apesar de satisfeitos com o anúncio, pelo governo federal, da possibilidade de concessão de três aeroportos brasileiros (Guarulhos, Viracopos e Brasília), a oposição aproveitou a audiência pública para criticar a demora na privatização da Infraero.

“O governo Lula sempre foi contra a privatização e essa posição foi muito enfatizada na campanha da presidente Dilma. Agora vem com essa novidade. Achei ótimo o governo reconhecer que estávamos certos, mas perdemos alguns anos com isso”, afirmou o deputado Otavio Leite (PSDB-RJ).

O deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG) chegou a perguntar diretamente ao ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, se ele não achava que essa decisão deveria ter sido tomada há quatro anos. “O senhor não acha que hoje estaríamos mais adiantados?” .“Eu gosto de olhar o futuro, quem dirige olhando para trás bate no carro da frente”, respondeu, sem querer entrar na polêmica.

Segundo o ministro, os aeroportos regionais não rentáveis também serão prioridade e contemplados com a mudança de gestão. “Estamos apenas iniciando as discussões sobre o modelo que será adotada. Nada ainda foi definido. Concessão não significa que estamos vendendo um ativo, estamos apenas cedendo por um tempo determinado para um consórcio de empresas”, afirmou sem dar detalhes de como realmente será o modelo adotado, mas adiantou que já existe interesse internacional. Bittencourt ainda confirmou que o Galeão (RJ) e Confins (SP) serão os próximos aeroportos a entrarem na concessão.

Investimentos da Infraero vão continuarA programação de investimentos da Infraero vai continuar independente da concessão, garantiu o presidente da Infraero, Antônio Gustavo Matos do Vale. “Nosso grande problema é o crescimento da demanda. Copa do Mundo é apenas um problema adicional. Os aeroportos estão pequenos para o tamanho do Brasil. Copa é um evento de um mês e temos como adotar medidas para viabilizar, mas nosso problema é dar condição e conforto para o passageiro”, acrescentou.

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