Artur Luiz Andrade   |   12/08/2011 09:25

Gol anuncia prejuízo e medidas para cortar custos

Um dia depois do anúncio de lucro de R$ 60 milhões pela Tam no segundo semestre do ano, a Gol anunciou prejuízo líquido de R$ 358,7 milhões no mesmo período.

Um dia depois do anúncio de lucro de R$ 60 milhões pela Tam no segundo semestre do ano, a Gol anunciou prejuízo líquido de R$ 358,7 milhões no mesmo período.

No ano passado o resultado também havia sido negativo no mesmo trimestre, com R$ 51,9 milhões de prejuízo, e no primeiro trimestre de 2011 a empresa presidida por Constantino de Oliveira Jr. teve lucro de R$ 110,5 milhões.

A apresentação dos resultados ao mercado (WWW.voegol.com.br/ri) cpomeça com uma análise de Constantino Jr., culpando principalmente os custos com combustível e as tarifas de pouso, além da alta competitividade devido ao aumento de oferta na aviação brasileira.

“No dia 28 de julho de 2011, a companhia anunciou a revisão de suas projeções financeiras para o ano 2011, tendo em vista a manutenção ao longo de todo o segundo trimestre, de um cenário competitivo onde um aumento excessivo de oferta no mercado brasileiro provocou redução no preço das tarifas. Com a perspectiva da permanência do custo de combustível em patamares elevados, e considerando que no segundo trimestre alguns custos ficaram acima da expectativa, a Gol está implementando um plano de ação de reduções adicionais de custos, com foco nos custos ex-combustível”, disse ele.

A Gol também anunciou receita líquida de R$1,6 bilhão no 2T11, queda de 1,5% diante dos R$1,59 bilhão no 2T10 e 17,4% diante dos R$1,9 bilhão do 1T11.O Ebitdar (lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e leasing) ficou negativo em R$ 67,6 milhões, frente os R$ 274,2 milhões no segundo trimestre de 2010 e R$ 411,5 milhões entre janeiro e março deste ano.

Diante do resultado negativo e das perspectivas de que o custo com combustível continuará alto, o presidente da Gol anunciou medidas para cortes de custos. São elas:

1 - Implementação de uma nova grade de serviços à bordo, que inclui a ampliação dos serviços de venda à bordo e maior padronização dos serviços atualmente existentes;

2 - Aumento da eficiência das tripulações técnica e comercial, pelo aumento da utilização da frota, e também pela readequação das tripulações de acordo com o capacidade das aeronaves;

3 - Redução significativa das despesas referentes à devolução de aeronaves B767s, que não fazem parte da operação central (“core”). Ao final de 2011, a companhia ainda terá três aeronaves para devolução, mas com a sua situação econômica equacionada;

4 - Redução de despesas correntes de manutenção pela efetividade total em 2012 das medidas tomadas ao longo de 2011, em especial decorrentes do acordo de manutenção com a Delta Tec Ops;

5 - Economias adicionais de combustível como resultado de investimentos em tecnologia nas aeronaves a serem recebidas daqui para frente, em especial novas turbinas mais eficientes em cerca de 2% do consumo.

Após a implantação de todas as iniciativas em curso, estima-se uma redução de cerca de R$ 650 milhões de despesas.

Quer receber notícias como essa, além das mais lidas da semana e a Revista PANROTAS gratuitamente?
Entre em nosso grupo de WhatsApp.

Tópicos relacionados

Foto de Artur Luiz Andrade

Conteúdos por

Artur Luiz Andrade

Artur Luiz Andrade tem 18744 conteúdos publicados no Portal PANROTAS. Confira!

Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é editor-chefe da PANROTAS, jornalista formado pela UFRJ e especializado em Turismo há mais de 30 anos.