Claudio Schapochnik   |   22/03/2012 13:01

Biocombustíveis unem Boeing, Airbus e Embraer

A Boeing, a Airbus e a Embraer assinaram hoje um memorando de entendimento para trabalharem juntas no desenvolvimento de biocombustíveis de aviação acessíveis

A Boeing, a Airbus e a Embraer assinaram hoje um memorando de entendimento para trabalharem juntas no desenvolvimento de biocombustíveis de aviação acessíveis. As três empresas concordaram em buscar oportunidades para colaboração e diálogo conjunto entre governo, produtores de biocombustíveis e outras partes interessadas em apoiar, promover e acelerar a disponibilidade de fontes sustentáveis de novos combustíveis para aviação.

O presidente e CEO da Boeing Commercial Airplanes, Jim Albaugh, o presidente e CEO da Airbus, Tom Enders, e o presidente da Embraer Aviação Comercial, Paulo César Silva, assinaram o acordo na cúpula de Aviação e Meio Ambiente da Air Transport Action Group (Atag), em Genebra, na Suíça.

“Ver estes três líderes da aviação deixando de lado suas diferenças competitivas e trabalhando juntos em prol do desenvolvimento dos biocombustíveis, ressalta a importância e foco que a indústria está colocando em práticas sustentáveis”, afirma o diretor executivo da Atag, Paul Steele.

“Há momentos para competir e há momentos para cooperar”, afirma Albaugh. “Duas das maiores ameaças à nossa indústria são o preço do petróleo e o impacto da aviação comercial no nosso ambiente. Ao trabalhar com a Airbus e Embraer na questão dos biocombustíveis sustentáveis, podemos acelerar a sua disponibilidade e reduzir os impactos da nossa indústria sobre o planeta que partilhamos”, afirma o executivo.

“A produção e utilização de quantidades sustentáveis de biocombustíveis de aviação são essenciais para o cumprimento das metas ambiciosas de redução na emissão de CO2 da nossa indústria. Nossa contribuição para isso se dá por meio de pesquisa e tecnologia, da expansão de nossa rede mundial de cadeia de valor e do suporte ao objetivo da comissão europeia que é de ter 4% de biocombustíveis na aviação até 2020”, diz Enders.

“Estamos todos empenhados em assumir um papel de liderança no desenvolvimento de programas de tecnologia que irão facilitar o desenvolvimento e a real aplicação dos biocombustíveis na aviação de forma mais rápida do que se estivéssemos fazendo isso de forma separada”, afirma Silva. “Poucas pessoas sabem que o programa brasileiro de biocombustíveis automotivo começou dentro da nossa comunidade de pesquisa aeronáutica, durante a década de 1970, e vamos continuar a fazer história.”

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