Artur Luiz Andrade   |   05/11/2012 16:15

Vendas de ancillaries no mundo atingem US$ 36,1 bilhões

A Amadeus e a Ideaworks Company divulgaram no final de semana o mais recente estudo sobre a receita gerada no mundo pela venda de ancillaries (serviços extras) pelas empresas aéreas. A estimativa do estudo é de que essa receita chegue a US$ 36,1 bilhão este ano

A Amadeus e a Ideaworks Company divulgaram no final de semana o mais recente estudo sobre a receita gerada no mundo pela venda de ancillaries (serviços extras) pelas empresas aéreas. A estimativa do estudo é de que essa receita chegue a US$ 36,1 bilhão este ano (contando 176 aéreas), 11% mais que em 2011, porém com um share menor sobre a receita global das aéreas: 5,4% de US$ 667 bilhões este ano e 5,6% sobre US$ 577 bilhões no ano passado. Esse é o terceiro ano da pesquisa Amadeus/Ideaworks (em 2010 a estimativa de venda de ancillaries foi de US$ 22,6 bilhões, de um total de US$ 474 bilhões). O estudo usa a palavra “estimativa”, pois não são todas as aéreas que descriminam essas vendas em seus balanços.

O vice-presidente sênior de Distribuição da Amadeus, Holger Taubmann, comentou os resultados da pesquisa: “é encorajador vermos que a receita de ancillaries cresceu 11% este ano, o que demonstra um potencial significativo de vendas para as empresas aéreas. No entanto, para capitalizar tudo isso, é imperativo que as companhias aéreas adotem uma estratégia multicanal, acessando a oportunidade das vendas indiretas desses serviços por agências de viagens”. Segundo ele, no GDS Amadeus, 53 empresas já escolheram trabalhar com o Amadeus Airlines Ancillary Services.

Para Julia Sattel, vice-presidente de Airline IT da Amadeus, “as companhias deveriam adotar, para a venda de ancillaries, o EMD (electronic miscellaneous document), que padroniza o processo em toda a indústria”. O Amadeus foi o primeiro GDS a emitir um EMD por meio do canal agência de viagens.

O estudo Amadeus/Ideaworks dividiu as 176 empresas aéreas em quatro categorias:

1 – Empresas aéreas tradicionais: representam a maior parte das companhias e a receita com ancillaries em seus balanços geralmente vêm de excesso de bagagem e do programa de milhagem. Alguns exemplos: Air Canada, Air New Zealand, Copa, Etihad, Finnair e SAA. O percentual da receita “extra” sobre o faturamento é de 2,9%.

2 – As grandes empresas americanas: aqui, a combinação da receita de serviços complementares vem de taxas para despacho de bagagens e de seus programas de fidelidade. O percentual médio na receita total chega a 10,1% (contra 11,9% em 2011). Alaska, United e American são alguns exemplos.

3 – Campeões em receita de ancillaries: empresas como Air Asia, Allegiant Air, Easy Jet e Spirit Airlines têm 19,7% de sua receita vinda da venda de serviços adicionais.

4 – Empresas low cost/low fare (LCC – low cost carriers) – elas oferecem um bom cardápio de taxas à la carte e sua média de share de ancillaries na receita total é de 7,2% (contra 6,5% em 2011). Exemplos: Gol, Jazeera Airways, Jet Blue, Norwegian, Pegasus e Southwest.

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é editor-chefe da PANROTAS, jornalista formado pela UFRJ e especializado em Turismo há mais de 30 anos.