Da Redação   |   06/08/2014 17:07

Paralimpíada será grande desafio para o setor aéreo

Os Jogos Paralímpicos de 2016 vão demandar maior planejamento do setor aéreo que a Olimpíada, por causa das necessidades dos atletas com deficiência.

DA AGÊNCIA BRASIL

Os Jogos Paralímpicos de 2016 vão demandar maior planejamento do setor aéreo que a Olimpíada, por causa das necessidades dos atletas com deficiência. A avaliação foi feita hoje (6) pelos coronéis Ary Bertolino e Luiz Roberto Medeiros, do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea. Os militares comandaram a operação do espaço aéreo durante a Copa do Mundo e apresentaram um balanço do evento no encontro "Aviação em debate", no Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

"Estamos pegando os dados e fazendo um ajuste para a nossa realidade. Os Jogos Paralímpicos nos preocupam mais ainda, porque você tem que ter toda a estrutura para as pessoas com deficiência. A Paralimpíada é mais complexa que a Olimpíada. O tempo de movimento nos aeroportos para a pessoa com deficiência é diferente, então, esse aeroporto também tem que se preparar para receber esse público e os atletas", analisou o coronel Bertolino.

Para ter parâmetros para os grandes eventos no Brasil, militares brasileiros acompanharam de perto o controle do espaço aéreo durante a Eurocopa e os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Londres de 2012. “A movimentação nas Paralimpíadas é menor, mas é mais complexa no tocante à infraestrutura de solo. Uma aeronave que vai ficar 40 minutos no chão nos Jogos Olímpicos, por exemplo, talvez fique uma hora e meia nos Paralímpicos, em função do tempo para descarregar e para o desembarque dos passageiros. E é esse planejamento que estamos fazendo”, explicou Medeiros.

Durante a Copa do Mundo, o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão – Antonio Carlos Jobim registrou recorde de tráfego, com 852 movimentos (poucos e decolagens) na segunda-feira posterior à final. O recorde anterior era dos Jogos Pan Americanos de 2007, quando o terminal registrou 715 movimentos em um dia.

Para os militares, o fluxo de pessoas durante as Olimpíadas não vai superar o pico da Copa do Mundo, mas aumentará o movimento de forma constante. “A gente acha que esse recorde não vai ser atingido porque não há final. Nas Olimpíadas, os eventos que chamam mais atenção são a abertura e o encerramento. Não vai ter um grande pico, mas um movimento maior e contínuo. Se tivemos 850 movimentos na final [da Copa], e a média do Galeão é 400, pode ser que nas Olimpíadas a gente tenha uma média de 600 movimentos diários”, prevê Bertolino.

Quer receber notícias como essa, além das mais lidas da semana e a Revista PANROTAS gratuitamente?
Entre em nosso grupo de WhatsApp.

Tópicos relacionados

Avatar padrão PANROTAS Quadrado azul com silhueta de pessoa em branco ao centro, para uso como imagem de perfil temporária.

Conteúdos por

Da Redação

Da Redação tem 11153 conteúdos publicados no Portal PANROTAS. Confira!

Sobre o autor

Colaboração para o Portal PANROTAS