Artur Luiz Andrade   |   22/01/2015 12:00

Gol muda estrutura de capital para captar até R$ 70 bi

A Gol anunciou proposta de mudança de capital, que será analisada em assembleia de acionistas em fevereiro, e que possibilitará, a longo prazo, que a companhia se capitalize em até R$ 70 bilhões, segundo o CFO da empresa aérea, Edmar Lopes.

A Gol anunciou proposta de mudança de capital, que será analisada em assembleia de acionistas em fevereiro, e que possibilitará, a longo prazo, que a companhia se capitalize em até R$ 70 bilhões, segundo o CFO da empresa aérea, Edmar Lopes. Segundo ele, a Gol não tem necessidade de se capitalizar a curto prazo e nem há operação engatilhada nesse sentido. Mas olhando dois anos à frente, a Gol vê, em seu modelo societário atual, restrições a sua capacidade de capitalização. O novo modelo, segundo a companhia, proporcionará “condições competitivas e equiparáveis a seus concorrentes”

A estrutura amplia a capacidade de capitalização da companhia, mediante criação de espaço adicional para emissão de novas ações preferenciais, sem que seja necessária a emissão de ações ordinárias, cuja titularidade e transferência estão sujeitas a limitações legais e regulatórias específicas do setor de aviação civil. As ações ordinárias serão aumentadas em 35 vezes e os direitos patrimoniais das ações preferenciais sofrerão o mesmo incremento. Os acionistas preferenciais serão os que terão o papel de aprovar a proposta, em assembleia.

A proposta inclui a adoção de melhorias na governança corporativa “para reforçar o alinhamento de interesses entre acionistas, incluindo a representação dos preferencialistas no Conselho de Administração e o voto em separado em Assembleias Especiais, nas condições especificadas no Estatuto Socia”.

Apenas nos últimos 5 anos, a Gol realizou investimentos de capital superiores a R$5,5 bilhões (incluindo aquisições de aeronaves). E até 2026 prevê mais US$ 16 bilhões para a renovação da frota, já tendo 130 pedidos firmes com a Boeing. Para investir na ampliação da frota, na incorporação das novas rotas e no fortalecimento de sua posição no mercado doméstico, a Gol viu a necessidade de propor essa mudança.

Hoje a Gol Linhas Aéreas tem debaixo do seu guarda-chuva as empresas VRG Linhas Aéreas, Gol Dominicana, Gol Finance Cayman, Gol LuxCo, GAC e Smiles. O presidente da companhia, Paulo Kakinoff, descartou qualquer movimento para aumento da participação acionária da Delta Air Lines ou Air France-KLM na empresa. “São parcerias estratégicas negociais”, disse Edmar Lopes.

“A Gol está com um caixa bom, tem uma dívida adequada e está na trajetória de recuperação de resultados. Não temos necessidade de capitalização”, finalizou.

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é editor-chefe da PANROTAS, jornalista formado pela UFRJ e especializado em Turismo há mais de 30 anos.