Artur Luiz Andrade   |   02/03/2015 23:21

EXCLUSIVO: "armas" da Tap incluem A350 e ancillaries

A decisão do governo português sobre a privatização da Tap sai de qualquer forma até 15 de junho: seja para aceitar uma proposta apresentada, seja para dizer que a companhia continuará estatal. Há correntes para os dois lados. A partir daí os planos de investimento serão acelerados e a empresa poder

LISBOA - A decisão do governo português sobre a privatização da Tap sai de qualquer forma até 15 de junho: seja para aceitar uma proposta apresentada, seja para dizer que a companhia continuará estatal. Há correntes para os dois lados. A partir daí os planos de investimento serão acelerados e a empresa poderá implantar com mais agilidade seu plano de marketing "Uma nova onda de crescimento", que contempla o período de 2015 a 2020. As principais decisões podem ser dividida de acordo com as rotas da empresa (longa distância, média e curta), mas há decisões que afetam todo o conjunto, como a digitalização da companhia (todos os processos e não apenas reservas e vendas), a experiência nos aeroportos e a relação mais próxima com o cliente, já que está nos planos iniciar a venda de serviços auxiliares, os ancillaries.

CURTA E MÉDIA DISTÂNCIAS
No short haul, voos de curta duração/distância, uma das implantações será essa venda de ancillaries, que começará com o que já existe (bagagem e remarcações), mas evoluirá para o que já é apresentado pelas low cost: marcação de assentos, comida a bordo, prioridade de embarque, entre outros serviços. Segundo o vice-presidente executivo da Tap, Luiz da Gama Mór, 60% dos passageiros da companhia estão no short haul.

Ainda nos voos de curta distância na Europa, a empresa tem um plano de substituir os 14 aviões da Portugália, braço regional da Tap. Saem os F-100 e E-145 e entram os Embraer 190 e 195, o que significa também mais autonomia de voo. O plano prevê a substituição até 2017, mas dependendo de quem vença o processo de privatização, ele pode ser acelerado.

Aumentar a densidade de poltronas é outra meta, para os percursos médios e curtos. Isso significa investir em poltronas mais finas, para que mais assentos caibam nas aeronaves, como fazem no longo curso empresas tradicionais e na Europa em geral as low cost.

No médio curso, onde a Tap hoje opera com os Airbus 319, 320 e 321, a ideia é priorizar esse último modelo, adicionando mais unidades à frota.

LONGO CURSO
No long haul, a estrela será o A350, que substituirá os quatro A340 e alguns A330. O primeiro chega em 2017 e há 12 pedidos. Muitos serão usados para o Brasil, com três classes: Top Executive, com novas poltronas-cama e sistema de entretenimento, econômica plus (que também será implantada nos A330) e econômica. "Há uma tendência de densificar a econômica e distrair o passageiro com tecnologia, entretenimento e venda de serviços, mas há os que desejam pagar mais pela economy plus, já que ainda não podem ir para a executiva", explica Mór.

Há muito mais no novo plano, que depende da privatização para ser acelerado, mas que já está sendo implantado, com grupos de trabalho formados em toda a empresa. "Nosso tamanho como empresa de nicho nos dá mais agilidade para essas implantações", conclui Mór, que recebe nesta terça-feira convidados para os 70 anos da Tap, em Lisboa.

O Portal PANROTAS viaja a convite da Tap, com proteção GTA


A entrevista completa você lê na próxima edição do Jornal PANROTAS.

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é editor-chefe da PANROTAS, jornalista formado pela UFRJ e especializado em Turismo há mais de 30 anos.