Da Redação   |   03/02/2016 13:38

Aeronautas não planejam novas greves; negociação segue

Em assembleia nacional na manhã de hoje, após paralisação que causou atrasos e cancelamentos de voos pelo país, os aeroviários e aeronautas decidiram continuar as negociações salariais com as empresas aéreas. Uma nova assembleia foi marcada para 11 de fevereiro, para analisar as propostas de reajust

DA AGÊNCIA BRASIL
Em assembleia nacional na manhã de hoje, após paralisação que causou atrasos e cancelamentos de voos pelo país, os aeroviários e aeronautas decidiram continuar as negociações salariais com as empresas aéreas. Uma nova assembleia foi marcada para 11 de fevereiro, para analisar as propostas de reajuste e o movimento grevista. Até lá, não estão previstas novas paralisações.

As categorias rejeitaram a proposta das empresas aéreas, que previa reajuste parcelado com a reposição da inflação e não retroativo à data-base (1º de dezembro). Os trabalhadores reivindicam reajuste de 11% nos salários e benefícios, retroativo à data-base, para recompor as perdas inflacionárias nos salários.

“O problema não é só o retroativo, mas o parcelamento ao longo do ano de 2016. Da forma que eles propuseram, a última parcela de reajuste seria em dezembro de 2016, sendo que teríamos todo o acumulado de 2015 e mais do ano de 2016 e já há estudos em torno de 13% a 14% de inflação para este ano. Já estaríamos em nova negociação sem ter fechado essa última, o que nos colocaria em um prejuízo enorme”, disse o diretor do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Leonardo Souza.

COMPANHIAS AÉREAS
O Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea), que representa as companhias Tam, Gol, Azul e Avianca, informou que continua aberto a negociações com os aeronautas e aeroviários. Segundo a assessoria da entidade, nos últimos dez anos, sempre houve reposição da inflação com ganho real e melhorias de cláusulas sociais para os trabalhadores. Na primeira proposta feita pelas empresas na negociação atual, há também a garantia de emprego ao longo de 2016.

“Temos um histórico bom que prima pelo compartilhamento e manutenção do poder de compra dos trabalhadores. […] Nossa situação [do setor aéreo] é de desaquecimento da demanda, menos pessoas têm viajado e isso tem representado um desafio enorme para as empresas, os custos aumentaram e as receitas estão em tendência de queda”, informou a Snea.

A paralisação de cerca de duas horas na manhã de hoje provocou atrasos e cancelamentos de voos nos principais aeroportos do país. Segundo dados da Infraero, dos 908 voos previstos entre a meia-noite e o meio-dia, 347 atrasaram e 157 foram cancelados.

A orientação é que os passageiros que têm voo para hoje entrem em contato com a empresa aérea para, se preferir, fazer a remarcação e quem vai para o aeroporto dê preferência aos canais eletrônicos e totens de check-in.

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