David Neeleman está otimista com o futuro de suas companhias. Na Azul, o fundador e CEO da aérea brasileira afirma que a receita por assento disponível da empresa bateu recordes em julho, segundo reportagem da Bloomberg.

Os números específicos não foram divulgados, mas a informação já significa uma virada após a Azul precisar se desfazer de 34 aviões recentemente, em função das dificuldades econômicas. No Brasil, o setor aéreo já enfrenta 11 meses consecutivos de retração em demanda dos passageiros.

“Estamos de volta ao páreo e sentindo coisas boas acontecendo. Os aviões estão cheios e as tarifas médias crescendo”, disse Neeleman à Bloomberg.

Segundo ele, a queda do câmbio brasileiro – o dólar chegou nos últimos dias ao valor mais baixo em um ano – e o início de uma recuperação nos preços do petróleo – o valor do barril passou de US$ 40 recentemente – ajudarão o setor e a Azul a se recuperar nos próximos meses. A ideia é voltar a aumentar a capacidade ofertada com o recebimento de novas aeronaves nos próximos 18 meses.

TAP
O otimismo do magnata da aviação se estende a outra companhia sob sua influência, a portuguesa Tap. Após prejuízos de 46 milhões de euros e 99 milhões de euros em 2014 e 2015, respectivamente, a companhia deverá voltar a ter resultados positivos neste ano, segundo ele.


Isso deverá ocorrer em função do baixo preço do combustível e também dos investimentos feitos pelo grupo dono da chinesa Hainan Airlines, que comprou cerca de 30 milhões de euros em ações da companhia portuguesa no mês passado.

Segundo Neeleman, a recuperação da Tap será empurrada tanto pelo mercado brasileiro, bastante importante para a aérea portuguesa, quanto pela abertura de novos mercados. Recentemente, a Tap abriu novas frequências para Nova York (Newark e JFK), Miami e Boston, além de assinar um codeshare com a Jet Blue – outra companhia fundada por Neeleman – para ganhar penetração no interior dos Estados Unidos.