Roberta Queiroz   |   28/11/2016 11:39

Demanda cresce, mas africanos viajam pouco de avião

Enquanto a aviação civil amadurece e segue em desenvolvimento em países da Ásia e da América do Sul, o continente Africano ainda sofre com a carência de estrutura. O Sabre divulgou um estudo sobre o tema e constatou que somente 23% dos africanos viajaram de

Enquanto a aviação civil amadurece e segue em desenvolvimento em países da Ásia e da América do Sul, o continente Africano ainda sofre com a carência de estrutura. O Sabre divulgou um estudo sobre o tema e constatou que somente 23% dos africanos viajaram de avião nos últimos dois anos.

A população que mais viajou a bordo de uma aeronave foi a da Nigéria (35%), seguida pela do Egito (27%), Quênia (15%) e a da África do Sul (13%). O relatório, que considerou apenas esses quatro países, identificou que a demanda pelo serviço aumentou, assim como os gastos dos turistas africanos em outros destinos. O desenvolvimento do setor, no entanto, permanece estagnado.

"Os resultados sugerem que, embora a viagem seja inacessível para muitos, há um forte desejo de viajar mais", disse o vice-presidente de Soluções Aéreas do Sabre para África, Europa e Oriente Médio, Dino Gelmetti, em entrevista ao portal Skift, destacando que a maioria dos africanos compram bilhetes pelo mercado web.

Segundo o dirigente, as transportadoras africanas atualmente convivem com a dura concorrência das empresas internacionais, que controlam 88% do espaço aéreo local. “No entanto, com o crescimento da demanda, as companhias africanas têm uma oportunidade real de ganhar parte do montante de reservas, solucionar problemas e oferecer milhas extras para incrementar a experiência do viajante”, opinou.

O relatório do Sabre indicou ainda os principais problemas enfrentados por essa demanda reprimida. Voos indisponíveis (34%), mudanças nas cotações de preços (33%), sites confusos (22%) e com baixo desempenho (20%) figuram entre as principais reclamações dos nativos.

Cerca de 84% dos entrevistados também demonstraram interesse em pagar mais por serviços auxiliares a bordo. A pesquisa afirma que eles costumam pagar US$ 90, mas estariam dispostos a desembolsar até US$ 104, principalmente, com wi-fi, alimentação, seguro viagem e outras formas de entretenimento.

INTEGRAÇÃO

A introdução do passaporte pan-africano, prevista para 2018, deve impulsionar as viagens aéreas na região. O documento permitirá que a população transite por todo o continente sem a necessidade de vistos. De acordo com a pesquisa do Sabre, o novo procedimento aumentaria em 24% os gastos anuais com viagens de avião. Se hoje, o cidadão gasta por volta de US$ 1149, em 2018, ele poderá chegar a US$ 1508. Vale lembrar que, segundo o Sabre, os destinos mais buscados pelos residentes dos quatro países avaliados ficam na própria África.

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