Renato Machado   |   03/11/2016 12:37

Entenda a métrica que faz as aéreas aumentarem tarifas

Empresas, de forma geral e independente do segmento, medem seus resultados ao longo do ano de acordo com as receitas obtidas, extraídos impostos e gastos operacionais. Na aviação, no entanto, uma outra métrica tem ganhado espaço na hora das companhias definirem su

Da Expedia

Empresas, de forma geral e independentemente do segmento, medem seus resultados ao longo do ano de acordo com as receitas obtidas, extraídos impostos e gastos operacionais. Na aviação, no entanto, uma outra métrica tem ganhado espaço na hora das companhias definirem suas estratégias e, em consequência, os valores tarifários praticados.

Sai a receita, pura e simplesmente, e entra a Rask (ou Rasm, para o mercado norte-americano), que nada mais é que a receita que uma aérea faz, por quilômetro (ou milha), por assento ocupado.

Apesar dos resultados das companhias aéreas não irem mal (nos Estados Unidos, onde a análise das Skift foi feita), os valores em Rasm caem ano a ano. “Há muita competição sobre as tarifas e temos notado um aumento de assentos promocionais em nosso mercado ano a ano, e é claro que isso tem um impacto em nós”, afirmou o CEO da Southwest, Gary Kelly.

Independentemente de quão boas as receitas estejam, para o CEO da Delta, Ed Bastian, “o desafio é retomar os resultados positivos em Rasm, e estamos confiantes de que é exatamente isso o que estamos fazendo”. Para que isso aconteça, há algumas estratégias sendo postas em prática pelas aéreas em vista de aumentar tarifas e, consequentemente, elevar o Rasm.

Uma delas é a desaceleração do crescimento. Mesmo com o aumento de demanda, companhias colocam no mercado menos oferta, tendo assim o poder de precificação em mãos, variando para cima conforme essa nova demanda “aceite”.

Há medidas que não são novidades para o mercado da aviação. Dentre elas, o aumento dos valores em períodos de alta (férias escolares, feriados e grandes eventos, por exemplo) e aumento de tarifas para compras em cima da hora.

Se o mercado é muito competitivo, a saída é ganhar por outros serviços. Por isso, algumas aéreas apostam em “auxiliares” mais caros, aumentando os valores de bagagem extra e assentos conforto, por exemplo, quando a demanda sobe.

Algo que ainda não é muito comum no Brasil, mas que acontece com frequência nos Estados Unidos, são as junk fares – voos com tarifas baixíssimas. Ótimo para o consumidor, mas terrível para as companhias aéreas. Por isso, essa é uma das práticas a serem evitadas para se aumentar os resultados em Rasm.


*Fonte: Skift

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