Renê Castro   |   27/04/2017 10:38

Para CEO, aviação será dividida entre low costs e luxo

Em entrevista durante o Global Summit do WTTC, o CEO da Air Asia, Tony Fernandes, foi categórico ao afirmar que, em um futuro próximo, o mercado de aviação será dividido entre dois polos: low costs e full service. Na visão do dirigente, o core das companhia

Renê Castro
David Scowsill entrevistou o CEO da Air Asia, Tony Fernandes
David Scowsill entrevistou o CEO da Air Asia, Tony Fernandes

BANGCOC (TAILÂNDIA) – Em entrevista durante o Global Summit do WTTC, o CEO da Air Asia, Tony Fernandes, foi categórico ao afirmar que, em um futuro próximo, o mercado de aviação será dividido em dois polos: low costs e full service. Na visão do dirigente, o core das companhias aéreas terá de ser cada vez mais claro, abrindo espaço para essa definição deverá entrar em cena. O movimento, segundo ele, será irreversível.

“Eu, claro, sou do time das low costs. É neste setor que eu acredito e a história que a Air Asia está construindo fala por si. De qualquer forma, acredito nessa separação até por conta do amadurecimento do passageiro, e ele vai ditar essa regra em breve”, afirmou Fernandes ao CEO do WTTC, David Scowsill.

Com uma frota composta por Airbus 320-200 e A320neo e A321neo, a aérea asiática opera hoje para mais de 120 destinos e não dá sinais de que está satisfeita. Para o CEO da companhia, a combinação entre ousadia e visão de futuro fazem da Air Asia uma empresa a ser seguida.

“Hoje, curiosamente, somos reféns do nosso próprio sucesso. Muitas vezes queremos abrir rotas, mas falta infraestrutura. Esse é e sempre será um gargalo, assim como os vistos e o poder público, mas eu não me engano. Sei onde estamos trabalhando e o que podemos fazer. O cenário é otimista e vamos seguir investindo.”

Ao ser convidado a voltar ao tema baixo custo versus alto padrão, Tony Fernandes usou do bom humor para definir a evolução das aeronaves produzidas por Airbus e Boeing.

“Muito se fala sobre Dreamliner, 777, 787, A380... são aeronaves espetaculares, com possibilidades muito interessantes de negócio. Para nós é ótimo que estejam sendo fabricados aviões cada vez maiores, assim conseguimos colocar ainda mais pessoas a bordo”, afirmou ele, arrancando aplausos e risadas da plateia.

“Eu falo sério. O mercado de aviação não tem segredo. É preciso rentabilizar os voos, e isso nós sabemos fazer com maestria, por isso estamos crescendo de forma sustentável e a passos largos.”

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