O novo Boeing 787-10 Dreamliner já está apto a realizar voos comerciais nos céus dos Estados Unidos. A fabricante divulgou nesta segunda-feira ter obtido as certificações necessárias da Administração Federal de Aviação (FAA) após cerca de 900 horas de voo em testes.

O vice-presidente da Boeing e gerente geral do programa 787, Brad Zaback, se diz contente por ter alcançado os rigorosos critérios estipulados pela FAA. "Estamos ansiosos para levar esta aeronave para nossos valiosos consumidores.” Segundo a própria Boeing, isso deve acontecer ainda neste semestre.

Em março do ano passado, a fabricante iniciou o programa de testes do novo modelo. Foram utilizadas três aeronaves que, juntas, acumularam 900 horas de voo. Ao longo destes testes, a fabricante analisou se manejo, sistemas e performance geral atendiam requisitos internos da Boeing e critérios de certificações que garantem a segurança no voo.

Segundo a Boeing, o 787-10 tem 95% de compatibilidade com seu antecessor, o B 787-9. No novo modelo, foi criado mais espaço para assentos e carga e, principalmente, foi aprimorada sua eficiência, com uma economia operacional capaz de reduzir em 25% tanto emissões, quanto a utilização de combustível por assento.

Com a aprovação pela FAA, é esperado que outras agências regulatórias façam o mesmo antes do início das operações do avião. Atualmente, a Boeing possui pedidos para 170 unidades do 787-10 – sendo a Singapore Airlines a provável dona do primeiro modelo, a ser entregue ainda neste primeiro semestre.

All Nippon Airways (ANA), British Airways, Emirates, Etihad Airways, KLM e United são outras companhias que irão operar a nova aeronave. O Boeing 787-10 pode voar com 330 passageiros (em configuração de duas classes) com autonomia de até 11,9 mil quilômetros.