Brunna Castro   |   08/11/2016 19:01

Para Greenpeace, País pode virar "fábrica de Marianas"

Um ano após o rompimento da barragem do Fundão da mineradora Samarco, da Vale e da BHP, na cidade de Mariana, em Minas Gerais, o Brasil corre o risco de ver acidentes da mesma natureza se proliferarem pelo território.

Um ano após o rompimento da barragem do Fundão da mineradora Samarco, da Vale e da BHP, na cidade de Mariana, em Minas Gerais, o Brasil corre o risco de ver acidentes da mesma natureza se proliferarem pelo território.

O alerta foi feito pela coordenadora da campanha de água do Greenpeace, Fabiana Alves, em entrevista ao portal Exame. Segundo ela, se o projeto de lei que flexibiliza o licenciamento ambiental for aprovado, o País pode virar palco para “várias fábricas de Mariana”.
Antonio Cruz/Agência Brasil
Tragédia de Mariana completou um ano no último dia 5
Tragédia de Mariana completou um ano no último dia 5

O projeto ao qual Fabiana se refere é o PLS 654, proposto pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR). A medida deverá sinalizar regras menos rígidas e prazos mais curtos para a obtenção da licença ambiental.

“Não vai ser só o rompimento da barragem Samarco. Outros empreendimentos vão ter outros problemas, já que não se está levando o licenciamento ambiental a sério”, afirma a coordenadora.

Para ela, a flexibilização do licenciamento ambiental é um erro." Isso não pode acontecer. Isso não é desenvolvimento. Você achar que vai desenvolver um país com construção de infraestrutura imprópria é um erro. Desenvolvimento está associado à segurança das pessoas e do meio ambiente, e à qualidade de vida das pessoas. Esse licenciamento ambiental que está em curso no Congresso vai na contramão de tudo isso", afirma Fabiana na entrevista.


*Fonte: Exame

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