Leonardo Ramos   |   10/01/2017 12:14

Turismo perde 1,9 mil vagas formais de trabalho em SP

Segundo a FecomercioSP, o setor de viagens e eventos do Estado de SP ainda sofre com a crise, perdendo quase 2 mil empregos no terceiro trimestre de 2016.

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Segundo a FecomercioSP, o Estado de São Paulo fechou o terceiro trimestre de 2016 com uma perda de 1,917 mil postos de trabalho com carteira assinada voltados para o setor de viagens e eventos. Para efeito de comparação, no mesmo período em 2015 o setor registrou geração de 1,1 mil empregos, assim como no segundo trimestre de 2016. Ou seja, de crescimento no emprego, o setor passou ao fechamento de postos.

Em números totais, as vagas formais voltadas para o Turismo em setembro de 2016 caíram para 281 mil, 1,6 mil a menos que no início do ano, e quase oito mil a menos do que o mesmo mês em 2015, quando aproximadamente 289 mil pessoas trabalhavam na área, uma queda de aproximadamente 2,7%.

Os resultados são da Pesquisa de Emprego do Setor de Viagens e Eventos (Pesve), e tomou como base os números da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) e do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho).

Dentre as atividades avaliadas, registraram alta apenas os serviços de agências e operadoras de viagens, crescendo 0,5% e gerando 114 novos empregos no terceiro trimestre, e alimentação voltada ao turismo, com subida de 0,4% e mais 264 vagas. O mais prejudicado foi a hospedagem, com queda de 1,6% e 988 postos de trabalho a menos, seguido do transporte voltado à viajantes, que recuou 0,8% e perdeu 971 empregos formais.

Para a FecomercioSP, os resultados demonstram como a crise ainda prejudica o setor de viagens em São Paulo. Lembrando a dependência do Turismo no estado aos setores corporativos e de negócios, que englobam a maioria das viagens para as regiões metropolitanas, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo afirma que a instabilidade econômica diminui o número de viajantes voltados para o business, decorrendo na queda do setor, principalmente no quesito hospedagens.

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