Victor Fernandes   |   28/09/2017 09:01

Lummertz: "governo é empecilho para o Turismo nacional"

Durante o primeiro dia da 45ª Abav Expo, especialistas comentaram a relação atual do Brasil com o Turismo internacional e o que pode ser feito no futuro.

Jhonatan Soares

Durante o primeiro dia da 45ª Abav Expo e 48º Encontro Comercial Braztoa, uma das palestras que foram realizadas na Vila do Saber abordou a relação atual do Brasil com o Turismo internacional e o que pode ser feito no futuro para melhorar este cenário - claramente em desenvolvimento. A mesa contou com Vinicius Lummertz, presidente da Embratur, Dilson Jatahy, presidente da ABIH nacional, e Cláudio Del Bianco, dono da Del Bianco Travel; e foi mediada por Ney Gonçalves, da Abav.

Todos os palestrantes concordaram que o Brasil tem grande potencial turístico com capitais desenvolvidas, cidades históricas, uma grande costa e a floresta amazônica, mas o modelo atual do governo, e também da Embratur, não possibilitam o total desenvolvimento nacional como potência no setor. “O modelo atual da Embratur é limitado”, afirmou Lummertz, ao abordar o projeto de lei que visa transformar a empresa estatal em um instituto independente.

“Estamos presos dentro de uma cláusula orçamentária. Precisamos ser um serviço social autônomo que possa conversar tanto com o setor público quanto com o setor privado”, completou. Para o presidente da Embratur, o modelo de governo nacional é o principal problema. Dilson Jatahy complementou afirmando que o Turismo é o melhor setor para atrair investimento estrangeiros e possibilitar um desenvolvimento social e econômico.

O presidente da ABIH nacional mencionou dois empecilhos para o desenvolvimento da hotelaria nacional: a carga tributária brasileira e a concorrência desleal com “plataformas irregulares”.

SOLUÇÕES
Apesar de todo esse cenário negativo para o Turismo, os palestrantes ainda acreditam no potencial brasileiro. Além da transformação da Embratur e da carga tributária, foram mencionadas possíveis soluções como a abertura de capital das grandes empresas do setor, capacitação para um serviço de alta qualidade, a possibilidade de vistos eletrônicos e a expansão da malha aérea.

RIO DE JANEIRO
A crise da segurança pública na cidade está tendo grande influência negativa no Turismo brasileiro e deve ter repercussão por mais um bom tempo.

“Simbolicamente o Rio de Janeiro é muito importante para o Brasil, mas o problema é o crime organizado e isso não está ao nosso alcance, o restante é transitório e podemos trabalhar aos poucos”, relatou Lummertz. A Embratur lançou recentemente um calendário de programas para o Rio de Janeiro com o intuito de promover o destino.

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