Artur Luiz Andrade   |   04/02/2014 11:09

7 consolidadores lançam sistema de token anti-fraude

Esta semana, seis das maiores consolidadoras de bilhetes aéreos do País (Confiança, Esferatur, Flytour, Gapnet, ITS e Tyller) lançaram o sistema anti-fraude Safeguard, que funciona com tokens, como já utilizam bancos como o Itaú.

No ano passado, não teve uma companhia aérea ou consolidadora que não tenha sofrido com as fraudes via internet, em que hackers roubam senhas de emissores e acabam emitindo bilhetes “falsos”, que, se voados, acabam se convertendo em altos prejuízos para as empresas. Há casos de fraudes de mais de R$ 1 milhão, e não foram raros. Imediatamente as aéreas e as consolidadoras iniciaram medidas de reforço de segurança, incluindo cartões com códigos (como usam alguns bancos) e certificação máquina a máquina dos emissores.

Esta semana, sete das maiores consolidadoras de bilhetes aéreos do País (Ancoradouro, Confiança, Esferatur, Flytour, Gapnet, ITS e Tyller) lançaram o sistema anti-fraude Safeguard, que funciona com tokens, como já utilizam bancos como o Itaú.

“O problema é do mercado, por isso buscamos uma solução para o mercado. É uma questão de segurança pública e não de uma só empresa”, conta o diretor de TI do Grupo Flytour, Luciano Ciccotti. A solução foi desenvolvida pela Vizir Software Studio, que já trabalhava para algumas das consolidadoras.
O projeto inicial foi pedido pela Esferatur, Flytour e Gapnet e em seguida houve adesão das demais, inclusive da Wooba e da Envision, duas empresas de tecnologia com produtos para a consolidação.

“Além de buscar uma solução comum para o mercado, o uso do token facilita a vida dos agentes, pois com o mesmo token ele pode emitir em qualquer consolidadora participante. Também há uma importante diminuição de custo com essa união e ainda a implatação fácil e rápida de um sistema 100% anti-fraude”, disse Juca Lins, presidente da Gapnet.

Segundo Antonio Anderson Souza, da Vizir, a previsão é de que sete mil tokens, somente para Esferatur, Flytour e Gapnet, sejam distribuídos em dois meses, sem contar as novas adesões. Já há pelo menos mil nas mãos de cada uma das três consolidadoras. Na Flytour, o token já está implantando. Na Gapnet, a diretoria ainda considera a fase de testes.

COMO FUNCIONA
O contrato da Vizir com as consolidadoras inclui dois tipos de proteção. A gestão de risco, com monitoramento das emissões e validação (ou não) das mesmas. E o token, que é individual e ligado ao CPF de cada emissor. A cada minuto o número que aparece no visor do token muda e esse número será pedido na hora de o emissor finalizar o processo de emissão de um bilhete aéreo. “É fácil, os bancos já se encarregaram de fazer o treinamento pra gente e as baterias duram de três a cinco anos, quando deveremos fazer uma troca”, explica Antonio Souza. Um emissor não pode usar o token de outro. “Vale ressaltar que o token funciona independentemente da plataforma que o emisssor usa. Ele só precisa digitar o número para continuar a emissão. Muito rápido e eficiente”, finaliza Souza.

As consolidadoras são as encarregadas de distribuir os tokens, que também podem ser usados por outros canais b2b, e são elas que fazem o primeiro atendimento no help desk a seus clientes.

Saiba mais no site www.safeguard.vc.

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é editor-chefe da PANROTAS, jornalista formado pela UFRJ e especializado em Turismo há mais de 30 anos.