Renê Castro   |   24/09/2009 11:31

Ricardo Amaral se diz preocupado com portos brasileiros

O bom momento vivido pelo mercado de cruzeiros no Brasil não ilude o presidente da Abremar, Ricardo Amaral, que diz estar preocupado com o futuro do segmento.

TUNIS (TUNÍSIA) – O bom momento vivido pelo mercado de cruzeiros no Brasil não ilude o presidente da Abremar, Ricardo Amaral, que diz estar preocupado com o futuro do segmento. “Crescemos em número de embarcações na costa brasileira e a expectativa para esta temporada é boa, mas, pensando por outro lado, não foram criados novos destinos e isso é um dos fatores que limitam projetos de expansão no futuro”, explicou ele, referindo-se, indiretamente, à atual situação dos portos do País.
Segundo o dirigente, existem cerca de 40 piers em operação no País, mas apenas sete têm condição de receber grandes embarcações. “Temos que superar o desafio da sazonalidade, mas, até o momento, muito pouco foi feito para que o segmento crescesse. Quem está investindo são as próprias companhias”, alertou Amaral. “Para se ter uma ideia, no ano passado, a Royal Caribbean gastou mais de US$ 1 milhão em vistos para a sua tripulação poder trabalhar no Brasil. Se usássemos esse dinheiro para reformar ou construir novos portos, teríamos menos dificuldades e mais expectativas para o futuro.”

Quando o assunto é Copa do Mundo de 2014, Amaral resumiu a situação que envolve cruzeiros e hotéis da seguinte forma: "os setores devem trabalhar juntos para hospedar todos os visitantes da competição". Para ele, caso sejam construídos novos empreendimentos para a Copa, a tendência é que a ocupação após o torneio despenque, trazendo prejuízos para o investidor. Por outro lado, o dirigente reconheceu que o País necessita de mais unidades de bandeira internacional para atrair consumidores de outros países. A afirmação de Amaral revela o interesse da entidade em colaborar na hospedagem momentânea de visitantes, ficando a cargo dos hoteleiros gerirem a construção de novas propriedades de acordo com o crescimento do mercado.

Pelo lado hoteleiro, a posição continua a mesma: a chegada dos navios abalou a taxa de ocupação, ficando a cargo da Copa recompensar parte dessa perda. Ao que tudo indica, essa discussão terá muitos capítulos ainda.



*Fonte: O Portal PANROTAS viaja a convite da Royal Caribbean

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