Renê Castro   |   18/11/2015 13:25

Sem Empress, Pullmantur negocia se segue no Brasil

O diretor para o Brasil da Pullmantur, Alexandre Zachello, e o supervisor de Comunicação e Marketing da companhia, José Maruilson, receberam a reportagem do Portal PANROTAS na sede da empresa, na capital paulista, para detalhar o atual momento da armadora.

O diretor para o Brasil da Pullmantur, Alexandre Zachello, e o supervisor de Comunicação e Marketing da companhia, José Maruilson, receberam a reportagem do Portal PANROTAS na sede da empresa, na capital paulista, para detalhar o atual momento da armadora. Em meio a uma série de mudanças previstas para a temporada 2016/2017 ao redor do globo, a companhia estuda também se, de fato, seguirá atuando no Brasil.

“O certo no momento é que não teremos mais o Empress, que voltará mais cedo desta temporada para atender outros projetos da Royal Caribbean. Há uma negociação em andamento para tentar manter o Sovereign como único navio da Pullmantur para a próxima temporada”, afirmou Zachello, confiante de que a empresa seguirá na costa brasileira. “Há risco, sim, de não termos navio no próximo ano, mas acho menos provável.”

Membro da Clia Abremar, Alexandre Zachello aproveitou para criticar a forma como o governo trata o segmento. Com alto custo operacional e infraestrutura deficitária, o País não traz boas perspectivas para o futuro, na visão do dirigente.

“Para se ter uma ideia, o Porto de Salvador tem custo de prático 2.900% maior do que o porto de Barcelona, na Espanha; operar no Caribe custa um terço do que custa no Brasil. Adicione a esse cenário a ascensão de destinos como Cuba, China e Austrália, que, ao contrário do nosso governo, incentivam a chegada de novos cruzeiros. Não tenho dúvidas de que a temporada 2016/2017 será bem menor do que os atuais dez navios”, explicou ele, antes de cravar: “se o governo fosse parceiro da indústria e regularizasse uma série de questões que afastam as companhias, garanto que a Pullmantur teria um navio percorrendo o Nordeste o ano inteiro”.

INTERNACIONAL
Outra certeza, mesmo após a definição de atuação no Brasil, é que o escritório no País seguirá funcionando. Readequações, porém, terão de ser feitas.

“Em meados de dezembro - que é quando teremos a decisão da matriz -, iniciaremos nosso planejamento. A reestruturação global da companhia afetará muitos mercados, porque há uma tendência em otimizar a frota e equalizar a força de vendas para as demandas previstas. O que temos feito por aqui é aumentar o foco nas vendas internacionais. Queremos cada vez mais brasileiros realizando viagens de cruzeiro pelo mundo”, detalhou.

Na mesma data é aguardado também um pacote de melhorias de produtos a bordo que, segundo Zachello e Maruilson, deve redefinir o conceito da companhia.
“Essa novidade estará em todos os nossos navios, independentemente de onde eles estiverem navegando”, finalizou o diretor da armadora.

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